Atos antidemocráticos

Lula diz que não queria virar uma “rainha da Inglaterra” e temeu golpe nos atos de Brasília

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
18/01/2023 às 19:39.
Atualizado em 18/01/2023 às 19:40
Presidente brasileiro se reuniu com chanceler alemão em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Presidente brasileiro se reuniu com chanceler alemão em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que negou a implantação de uma missão militar para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) após os atos golpistas de Brasília, pois temia virar uma “rainha da Inglaterra”.

Segundo ele, esse temor era resultado do que houve com o ex-governador do Rio de Janeiro, Pezão, durante intervenção federal no estado em 2017, determinada pelo ex-presidente Michel Temer.

“Eu não quis essa solução por causa da experiência que vinha do Rio. Lá o Pezão virou uma ‘rainha da Inglaterra’, sem poder algum. Eu tinha acabado de tomar posse e não deixaria de exercer o poder com plenitude”, disse.

O presidente diz estar convicto que faltou comando à Polícia Militar e que os manifestantes foram auxiliados por pessoas de dentro do Palácio do Planalto. As declarações foram dadas à jornalista Natuza Nery, em entrevista à Globo News.

“Eu estava vendo as cenas e liguei para o coronel comandante do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), porque eu não via os soldados. Ele dizia que os soldados estavam chegando, mas não chegavam. Quando nós assumimos o comando da Polícia Militar a situação se resolveu; faltava comando”, avaliou o presidente.

Lula diz acreditar que o ex-presidente Jair Bolsonaro sabia dos atos com antecedência. E que a ação fez parte de uma tentativa de golpe. “Eles perceberam que nós reagimos e pararam; mas era uma tentativa de golpe”, reforçou o presidente.

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