
O ex-presidente Michel Temer (MDB) defendeu nesta terça-feira (15), em evento em Belo Horizonte, que o próximo presidente da República terá como missão principal "pacificar o país e evitar tumultos sociais". Segundo o ex-presidente, "o Brasil possui milhões de pessoas que estão em vulnerabilidade. Esses milhões que estão na miserabilidade podem, com toda razão, se organizar e tumultuar o meio social. Esse pacto de pacificação é a solução para evitar isso”, disse.
Temer esteve na capital mineira para participar de evento realizado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
O ex-presidente destacou a situação conflituosa e agressiva da política e das campanhas eleitorais no Brasil e disse que “o presidente, quando eleito for, deve fazer um gesto pela pacificação e fazer um grande pacto nacional”,disse.
A paz, segundo o ex-presidente, é um princípio constitucional e “o desapreço pela constituição causa as maiores divergências da nossa sociedade”, disse.
O ex-presidente Michel Temer era vice na chapa de Dilma Rousseff (PT) e assumiu o cargo de presidente após um tumultuado processo de impeachment, no qual ele teve papel importante e terminou sendo acusado por petistas de ter liderado um “golpe” contra a ex-presidente.
Temer fez uma defesa da Constituição, da democracia e do Estado de Direito e disse que "o único poder no Brasil vem do povo". Defendeu ainda que é importante que o povo atue para esta transformação política no Brasil.
Segundo ele, "o atual presidente (Jair Bolsonaro, do PL) foi eleito pelo voto contrário a um determinado partido” e disse que isso no Brasil precisa mudar. “No Brasil, as pessoas votam contra, contra pessoas e projetos, mas é preciso mudar isso. É preciso conhecer e escolher projeto para melhorar o país”, disse.
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