Para o 2º turno

MPT em Minas já abriu 300 investigações sobre assédio eleitoral em 23 dias

Da Redação
Publicado em 25/10/2022 às 15:18.
Os resultados da atuação do MPT-MG já se traduzem em mais de 20 Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assinados e três Ações Civis Públicas ajuizadas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Os resultados da atuação do MPT-MG já se traduzem em mais de 20 Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assinados e três Ações Civis Públicas ajuizadas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Em 23 dias após o primeiro turno das Eleições 2022, o Ministério Público do Trabalho (MPT-MG) já abriu 300 investigações a partir de denúncias de coação eleitoral em todas as regiões do Estado. São, em média, 13 processos abertos diariamente.

As 374 denúncias recebidas até o momento deram origem a 300 investigações, após excluídos casos de denúncias repetidas e fora da competência de atuação do MPT. Dentre as unidades do MPT no interior de Minas, as que mais estão recebendo denúncias são as de Varginha (51), seguida por Divinópolis e Juiz de Fora (26) e Uberlândia (21).

Os resultados da atuação do MPT-MG já se traduzem em mais de 20 Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) assinados e três Ações Civis Públicas ajuizadas. Para além da atuação processual, o MPT-MG abriu diversas vias de atuação pedagógica e de orientação, dentre as quais a alimentação de conteúdo em páginas da internet, a divulgação de campanhas nas redes sociais e o diálogo com jornalistas para a produção de conteúdo na imprensa.

“O MPT-MG tem ido a público, diariamente, por intermédio da imprensa e de seus diversos canais de informação, alertar o cidadão de que o voto secreto e direto é princípio inafastável de uma sociedade democrática. Votar em candidato prescrito por outrem é abrir mão de um direito legítimo e decisivo para a saúde da democracia brasileira”, enfatiza o coordenador da Coordenadoria Nacional de Promoção da Igualdade de Oportunidades (Coordigualdade), Fabrício Borela.

Dignidade
A prática do assédio eleitoral é caracterizada a partir de “uma conduta abusiva que atenta contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações, com a finalidade de obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral”, descreve a Nota Técnica divulgada pelo MPT no dia 7 de outubro.

Dentre as denúncias recebidas pelo MPT-MG estão casos de empregadores que exigem que empregados vistam camisa de determinado candidato; movimentos articulados para assediar categorias profissionais coordenados por associações de classes; ameaças de dispensa caso o funcionário não vote no candidato do empregador. 

As situações de coação são descritas em diversos setores econômicos, dentre os quais estão comércio varejista de alimentos, roupas, calçados, área da saúde, indústria e administração pública municipal.

Denúncias podem ser feitas pelo 0800-702-3838 ou pelo site  do Ministério Público do Trabalho.

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