
O STF já tem maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de golpe de Estado e de tentativa de abolição violenta do Estado Democrática de Direito. Agora à tarde, a Primeira Turma do STF retomou o julgamento do núcleo crucial da trama golpista com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Para ela, está comprovado que Bolsonaro liderou a organização criminosa para a tomada do poder à força. A ministra também pediu que Bolsonaro seja condenado por dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Com o voto de Cármen Lúcia, também se formou maioria para condenar os outros sete réus pelos crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR): o almirante Almir Garnier, os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio; o ex-diretor da Abin, Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem, o ex-ministro da justiça Anderson Torres e também o tenente-coronel Mauro Cid, que fez delação premiada no processo.
Ao contrário do ministro Luiz Fux, que votou ontem, Cármen Lucia recusou todas preliminares das defesas, que tentavam cancelar o julgamento. Em um voto resumido, de menos de duas horas, a ministra fez questão de ressaltar a importância do julgamento ser feito pelo STF e a legitimidade das provas da PGR.
Para Cármen Lúcia, essa ação penal é fundamental para que sociedade brasileira não aceite mais golpes de Estado.
Neste momento, o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, apresenta seu voto em relações aos oito réus. Ele é o último a votar.
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