Troca de farpas

Partido de Zema acusa Kalil de propaganda eleitoral fora de época e pede multa ao ex-prefeito de BH

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
27/04/2022 às 08:50.
Atualizado em 27/04/2022 às 08:55

O diretório do partido Novo em Minas acionou a Justiça Eleitoral na terça-feira (26) acusando Alexandre Kalil (PSD), pré-candidato ao governo do Estado, de fazer propaganda eleitoral antecipada.

O Novo, partido do governador Romeu Zema, que já anunciou que vai concorrer à reeleição, alega que um vídeo publicado por Kalil, nesta semana, tem conteúdo que fere a legislação, caracterizado propaganda eleitoral extemporânea (fora do prazo), fazendo "pedido explícito de voto antes do período legalmente autorizado.”

Além de pedir que o conteúdo seja retirado do ar, o Novo requer que o ex-prefeito de BH seja multado em R$ 25 mil

No vídeo postado no Instagram na segunda-feira (25), Alexandre Kalil aparece respondendo a perguntas de eleitores. Em uma delas, uma mulher declara: “Kalil na cabeça e Zema nunca mais”.

Na sequência o pré-candidato diz: “Que Deus te ouça! Nós temos que levar esta mensagem. Então, você bate no seu vizinho e conta pra ele; vai do outro lado e conta; vai no trabalho e grita isso. Conto com você.” 

A reportagem do Hoje em Dia procurou a assessoria de Alexandre Kalil para que ele possa se manifestar sobre o caso e aguarda retorno. 

O Justiça Eleitoral também foi questionada sobre o pedido do Novo e aguardamos retorno.

Em nota enviada pelo Novo, o partido faz críticas ao que considera abusos e desrespeito à lei. Confira a nota na íntegra:

“O Partido NOVO-MG ingressou com ação na Justiça Eleitoral para coibir os abusos reiteradamente cometidos pelo pré-candidato Alexandre Kalil.

O pré-candidato continuamente desrespeita a lei, os vereadores eleitos em BH e as instituições públicas em geral, incluindo o Governo de Minas em suas falas nos últimos meses, demonstrando não compreender que as soluções para os problemas de Minas, que vêm de décadas, não se resolvem com brigas, xingamentos, nem muito menos com ilegalidades.

Isso ficou evidente em diversos momentos ao longo do seu desastroso mandato como prefeito de Belo Horizonte, que abandonou no mês passado, como, por exemplo, quando entregou R$ 220 milhões dos belohorizontinos para empresas de ônibus, sem autorização dos vereadores.

Quando também supostamente forjou uma doação, denunciada pela imprensa e que deve ser investigada pelo Ministério Público Eleitoral, para justificar um recurso de campanha obscuro e ilegal em sua primeira eleição.

Quando deixou de pagar IPTU de seus imóveis, mesmo após ter sido eleito prefeito da cidade e, inclusive, tendo aumentado o imposto em todos os anos de seu mandato.

Quando, mesmo após prometer dar uma solução para a caixa preta da BHTrans, quis enterrar o caso, em que várias irregularidades foram apontadas.

Quando não honrou seus compromissos financeiros com fornecedores e empregados de sua empresa, herança de família e em processo de falência após sua administração.

E, desta vez, quando fez campanha eleitoral com pedido explícito de voto antes do período legalmente autorizado.

Infelizmente o pré-candidato demonstra desapreço pela democracia, pelas leis e nenhum respeito às instituições públicas.

O NOVO acredita que os problemas do nosso Estado não serão resolvidos com autoritarismo, intransigência e desrespeito às instituições e as leis, afinal, nós, mineiros, cumprimos e respeitamos as leis.”

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