Nem mesmo o calor forte na manhã deste domingo (2) de eleição tirou a vontade de Ricardo Motta Salles, de 62 anos, de votar. Ele foi até a sua sessão eleitoral, na Escola Municipal Santos Dumont, na região Leste de BH, acompanhado da esposa.
Com uma perna amputada desde 2020, essa é a primeira eleição em que Ricardo comparece como deficiente. Ele reclamou do tratamento e do tamanho das filas em sua sessão eleitoral. “A sessão para deficientes é muito mal montada. Eu cheguei aqui e tem dez pessoas com preferência para votar. Acabei indo em outra que é normal, votei muito mais rápido. São poucas sessões para muita gente, teria demorado muito mais se eu tivesse ficado na fila”, relatou.
Quem resolveu enfrentar a fila preferencial foi Vivian Campagnacce. Essa é a segunda vez que ela vota na escola Santos Dumont, após problemas em outro colégio eleitoral. “Na última eleição, eu acabei machucando. A pessoa que me transportou por uma escada pegou a cadeira de mal jeito, acabei batendo a perna e me machucando. Tive que fazer a transferência por isso”, disse. “Não tive dificuldade alguma aqui, todos sempre me ajudaram muito”, completou.
Vivian mandou um recado bem humorado a quem não quis participar da eleição deste ano. "É o meu papel de cidadã e também quero ter o direito de reclamar caso algo dê errado. As pessoas precisam votar. Que venham e façam seu papel com força e determinação", diz.
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