CULTURA

'Precisamos recriar o Ministério da Cultura', afirma Ciro Gomes à Lula

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
30/09/2022 às 01:42.
Atualizado em 30/09/2022 às 01:47
Lula afirmou que "a cultura tem rentabilidade e gera empregos" no país, em debate realizado com presidenciáveis nesta sexta-feira. (TV Globo / Reprodução)

Lula afirmou que "a cultura tem rentabilidade e gera empregos" no país, em debate realizado com presidenciáveis nesta sexta-feira. (TV Globo / Reprodução)

No terceiro bloco do debate dos presidenciáveis, mediado por William Bonner e transmitido pela Rede Globo nesta quinta-feira (29), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perguntou para Ciro Gomes (PDT) sobre cultura. O bloco tem temas pré-determinados e a ordem foi decidida por sorteio. 

“Sabemos que a cultura vive um desmonte no país. Qual sua proposta para o país?”, perguntou o ex-presidente. 

Ciro respondeu que “a cultura tem muito mais importância que o mero mercenato”. E continuou: "Precisamos recriar o Ministério da Cultura e reestabelecer instituições como a Fundação Nacional de Artes (Funarte)".

O pedetista defende a revisão da legislação e diversificar a aplicação de recursos no setor. " Precisamos rever leis de fomento, como a Lei Rouanet. Recursos se concentram em São Paulo e Rio de Janeiro, precisamos de estímulos à cultura popular - como hip hop e rap. Tem muita criatividade nas periferias, lugares que você não deve ir há muito tempo”, provocou Ciro. 

Lula destacou que “tem feito reuniões em todo o país, se reunindo com a periferia e com os artistas famosos'' e ressaltou a importância das atividades artísticas para fomentar a economia.

“A cultura tem rentabilidade e gera empregos. Além de recuperar o Ministério da Cultura, quero criar comitês nas capitais e discutir uma cultura nacionalizada e sair do eixo Rio e São Paulo. Vamos valorizar a cultura local”, disse. 

Ciro falou que “há uma hiperconcentração de dinheiro na mão de meia dúzia de produtores culturais do Rio e São Paulo.” 

“Banco não tem que ter cinema para tirar dinheiro de imposto e investir na publicidade como se fosse fomento à cultura. Outro exemplo é o FIES, que entregou dinheiro a conglomerados de faculdades e endividou a garotada”, falou. 

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