PROFa. MARLI ARO

Relatora de comissão nega chance de ‘contaminação’ em processo sobre cassação de Gabriel

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
04/09/2023 às 20:17.
Atualizado em 04/09/2023 às 21:26
 (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

(Maurício Vieira / Hoje em Dia)

Relatora do processo que poderá levar à cassação de Gabriel Azevedo (sem partido), Professora Marli (PP) negou nesta segunda-feira (4), momentos após ser sorteada membro da comissão processante, qualquer chance de “contaminação” dos trabalhos do grupo. A parlamentar é mãe de Marcelo Aro, secretário de Estado da Casa Civil, a quem Gabriel vem acusando de pressionar vereadores para votarem de forma contrária a ele. Aro nega.

“Gabriel é como se fosse um filho na minha família. Nós ajudamos o Gabriel, pois acreditamos no Gabriel. Então nós (da comissão) vamos ser extremamente honestas, imparciais e firmes”, disse Marli. Além dela, integram a comissão as vereadoras Janaína Cardoso (União), presidente, e Iza Lourença (Psol). As três votaram a favor da abertura do processo que pode culminar na perda do mandato de Gabriel, atual presidente da Câmara de BH.

Os membros da comissão foram definidos em sorteio. Em um saco com o nome de todos os 41 vereadores, três foram escolhidos.

Atualmente no primeiro escalão do governo de Minas, Marcelo Aro (PP) tem grande influência na Câmara Municipal. Ele é conhecido como um dos líderes da “Família Aro” - grupo político que, nos bastidores, estaria inclinado a cassar o mandato de Gabriel por quebra de decoro parlamentar. O secretário nega qualquer interferência no episódio e, em nota, disse “que a cidade de Belo Horizonte tem muito problema e que ele (Gabriel) deveria se preocupar em resolver, ao invés de me atacar”.

Apesar da relação conturbada entre o filho e o presidente do Legislativo, Marli afirma que isso não irá interferir na conduta da comissão processante - a quem cabe decidir, nos próximos dias, se há elementos para dar prosseguimento ao processo de cassação e também elaborar um parecer pela perda do mandato ou não, situação que será decidida posteriormente por todos os vereadores.

Em até 90 dias, o futuro de Gabriel será definido. A expectativa dele é a de que a situação seja resolvida da forma mais imparcial possível. “A comissão processante, eu espero, vai seguir seus trabalhos com ética, transparência, pensando no regimento interno. Confio na ideia de que as três vereadoras não vão seguir nenhum interesse a não ser o da cidade e o da verdade”, disse, em coletiva de imprensa.

Perguntado pelo Hoje em Dia se a escolha da Professora Marli poderia interferir na cassação, Gabriel respondeu que deixaria “a pergunta para o povo”.

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