Após assassinato

Senado recebe projeto que aumenta pena para homicídios relacionados a intolerância política

Jader Xavier
@ojaderxavierjsbarbosa@hojeemdia.com.br
11/07/2022 às 17:04.
Atualizado em 11/07/2022 às 17:16
 (Reprodução / Redes sociais)

(Reprodução / Redes sociais)

O assassinato de um apoiador do ex-presidente Lula (PT), no último sábado (9), no Paraná, inspirou a apresentação de um Projeto de Lei que aumenta a pena para homicídios motivados por intolerância política. A proposta é do senador Alexandre Silveira (PSD-MG).

Hoje, a pena para esse tipo de crime é de 6 a 20 anos de prisão. O texto prevê um agravamento, passando o período de reclusão para 12 a 30 anos. 

O senador se diz preocupado com o momento de “extrema polarização política” do Brasil. “Precisamos sinalizar para nossa sociedade que o Congresso Nacional não coaduna com nenhum tipo de intolerância, seja ela de gênero, religiosa, ou por razões ideológicas, políticas ou partidárias”, afirma Silveira.

Assassinato em Foz do Iguaçu

O guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário - com temática do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula - quando o local foi invadido pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho.

O suspeito chegou ao salão de festas de uma associação a atirou contra o tesoureiro do PT, que estava armado e revidou. Câmeras de segurança registram o momento da invasão, a troca de tiros e a morte da vítima. Imagens foram divulgadas nas redes sociais. Veja vídeo:

Nas imagens, o tesoureiro do PT aparece caído no chão do salão após ser atingido pelo primeiro tiro. Uma mulher empurra o atirador para tentar impedir que ele prossiga o ataque, mas ele se afasta e vai para o outro lado do salão e volta a atirar. O tesoureiro do PT revida e atira várias vezes. 

Segundo o boletim de ocorrência, o atirador chegou ao local gritando “aqui é Bolsononaro”. Guaranho se identifica nas redes sociais como apoiador  do presidente  Jair Bolsonaro (PL). 

O atirador foi levado para o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu. 

Guaranho não era conhecido dos convidados e nem havia sido convidado para a festa. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, ele teria ido ao salão e retornado 20 minutos depois com a arma do crime.

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