Um vídeo encaminhado em um grupo de amigos no WhatsApp pelo vereador Wellington Chaves, do Partido Republicanos de Capelinha, no Vale do Jequitinhonha, despertou a ira de bolsonaristas e motivou declarações do deputado estadual Bruno Engler (PL).
No vídeo, o vereador diz que está visitando Brasília (DF), mostra a cidade aos amigos do grupo e, na sequência, faz um comentário, em tom de brincadeira, que remete à facada recebida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) durante as eleições de 2018.
“Rodiando o Bolsonaro lá, eles me pediram pra dar uma ‘peixeirada’ nele, mas da próxima vez ele não escapa não!”, narrou.
A fala foi suficiente para reação de defensores do presidente solicitando providências das autoridades.
Em postagem nas redes sociais, o deputado Bruno Engler recompartilha o vídeo do vereador e diz que vai acionar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República para investigar o caso.
“Informo a todos os mineiros que já identifiquei o Vereador de Capelinha/MG que ameaçou o Presidente Bolsonaro. Pedirei a cassação, informarei ao GSI do Presidente e cobrarei um posicionamento do partido Republicanos”, disse Engler, na postagem.
Em menos de seis horas, o vídeo publicado por Bruno Engler já tinha 19 mil visualizações e 1.750 compartilhamentos, apenas em uma rede social.
O vereador Wellington Chaves - que é conhecido em Capelinha pelo apelido de Gambá - postou um vídeo com uma nota de esclarecimento em que se defende e relata que tem sofrido ameaças. Segundo ele, foi um comentário infeliz, mas entre amigos e pessoas que ele confiava, e que não tinha o objetivo de ser divulgado publicamente.
“A gente, em grupo de política, fala de um partido, de outro, caçoa e eu, na inocência, estava em Brasília, tive a oportunidade de estar perto do nosso presidente e fiz um comentário infeliz em um grupo de WhatsApp. Pessoas de má-fé passaram para frente, muitas pessoas estão me julgando como se eu fosse um criminoso, e longe de mim isso. Sou uma pessoa de bem e estou aqui para me retratar. Quem me conhece sabe do meu caráter, do apreço que tenho pela vida, quanto mais de um presidente da República. Não sei se quem passou fez por má-fé ou por brincadeira, mas teve uma repercussão gigantesca. Quem não me conhece acha que eu sou de violência, mas, pelo contrário, sou contra a violência e agora tem gente até me ameaçando”, disse.
O Partido Republicanos informou que abriu um processo disciplinar contra o vereador e ressaltou que não corrobora com nenhum tipo de incitação de violência contra qualquer pessoa, seja ela autoridade ou não.
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