(Lucas Prates)
Político de perfil técnico e discreto, o atual vice-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), experimentou as urnas pela primeira vez em 2020, quando aceitou ser vice na chapa de Alexandre Kalil (PSD), atual chefe do Executivo da capital. Na próxima semana ele pode assumir o papel de protagonista na Prefeitura de Belo Horizonte caso o prefeito Kalil se decida pelo afastamento para disputar o cargo de governador nas eleições de outubro. Nesse caso, Kalil tem até esta sexta (25) para se afastar do cargo.
Fuad é servidor de carreira do Banco Central e começou a ocupar cargos de relevância na administração pública durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), entre 1994 e 2002, quando foi escolhido Secretário-Executivo da Casa Civil.
O vice-prefeito de Belo Horizonte e o ex-presidente já haviam trabalhado junto no Ministério da Fazenda, durante o governo do presidente Itamar Franco (1991-1993).
Antes de se vincular ao projeto de Alexandre Kalil, Fuad Noman teve participação ativa em iniciativas importantes que marcaram gestões de governo tucanos, tanto no Brasil quanto em Minas Gerais. Segundo seu currículo público, participou ativamente da construção do Plano Real e do projeto “Choque de Gestão”, aplicado nos governos de Aécio Neves (PSDB) e Antônio Anastasia (PSD).
No governo de Anastasia, ele ocupou diversos cargos de secretário estadual, foi presidente da Gasmig, secretário extraordinário para a Copa do Mundo e para Coordenação de Investimentos.
Na Prefeitura de Belo Horizonte, foi secretário municipal de Fazenda, defensor da austeridade nas contas públicas, antes de assumir o papel de vice na chapa do prefeito.
Com trânsito entre opositores do atual prefeito, espera-se que Fuad consiga desamarrar o diálogo do Poder Executivo com as demais forças políticas do município. A presidente da Câmara Municipal, vereadora Nely Aquino (Podemos), chegou a afirmar que o diálogo dela com a prefeitura aconteceria através de Fuad Noman, e não através de Alexandre Kalil.
Na literatura, o vice-prefeito de Belo Horizonte tem dois romances escritos: “Cobiça” (2020) e “O Amargo e o Doce” (2019). A temática dos livros envolve histórias de amor, mas tem como base os cenários, os hábitos e a cultura dos mineiros, às vezes com críticas ao patriarcado e ao conservadorismo de meados do século XX. Quem quiser conhecer a faceta romancista do vice-prefeito, encontra seus livros à venda em diversos sites e livrarias.
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