Famílias de BH fecham 2021 com endividamento recorde, aponta Fecomércio

Da Redação
primeiroplano@hojeemdia.com.br
20/01/2022 às 16:36.
Atualizado em 21/01/2022 às 12:16

As famílias belo-horizontinas fecharam o ano de 2021 com novo recorde de endividamento, ao atingir o patamar de 88,9% da população consumidora endividada. O dado é da Fecomércio-MG e representa o maior índice já registrado desde o início da série histórica, iniciada em 2014.

Conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), elaborada pela Fecomércio-MG com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a inadimplência não acompanhou essa expansão do endividamento, que encerrou 2021 em estabilidade.

Em dezembro, de acordo com a Peic, o número de consumidores belo-horizontinos endividados aumentou 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior. O número de consumidores que não terão condições de pagar suas dívidas foi de 15,5%, 0.3 pontos percentuais a menos que o apurado em novembro. Acompanhando a estabilidade, os consumidores inadimplentes apresentaram uma queda de 0.1 pontos percentuais em relação ao mês anterior, assumindo o valor de 39%.

Para a economista da Fecomércio-MG, Gabriela Martins, esse aumento do endividamento das famílias já era esperado, diante da situação socioeconômica que estamos vivendo. “Acrescido ao aumento do endividamento, acompanhamos um índice de inadimplência muito elevado em Belo Horizonte que, apesar da leve queda entre os meses de novembro e dezembro, ainda se encontra entre um dos maiores patamares da série histórica observada a partir de 2014”, destaca.

A principal modalidade de endividamento, segundo aponta a Peic, continua sendo o cartão de crédito. Em dezembro, 79,6% utilizaram essa modalidade para compras, seguido pelo uso dos carnês (25,9%), cheque especial (8,7%), financiamento de carro (8,1%), crédito pessoal (7,6%) e financiamento de casas (6,1%).

Gabriela Martins explica que um dos motivos principais para o uso do cartão de crédito é o aumento da inflação, que afeta a aquisição de bens essenciais como alimentos, combustíveis e energia. “Dessa forma, as famílias procuram cada vez mais o crédito para seu consumo básico”, explica.

Para elaborar a pesquisa, foram entrevistados consumidores em potencial residentes na capital mineira. A margem de erro é de 3,5%.

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