Governador de SP, Doria reforça críticas a reajustes salariais para a Segurança Pública em Minas

Bernardo Almeida
bpereira@hojeemdia.com.br
02/03/2020 às 19:10.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:49
 (Luís Blanco / Governo de SP)

(Luís Blanco / Governo de SP)

Após se encontrar com Romeu Zema (Novo), na tarde desta segunda-feira (2), em Belo Horizonte, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a se posicionar de forma contrária à recomposição salarial para servidores da segurança pública mineira, aprovada pela Assembleia e que aguarda sanção do governador mineiro. Ele garantiu, no entanto, que o tema não foi debatido no encontro.

Na Cidade Administrativa, Doria repetiu o que havia dito mais cedo, antes de fazer palestra a empresários, na capital: o aumento poderia fazer com que servidores da Segurança de outros estados pressionem seus governadores para obter o mesmo tratamento. “Eu havia dito que é uma tema de Minas, uma solução que Minas deve encontrar para  essa questão, mas evidentemente que se essa decisão for mantida pode afetar São Paulo e outros estados brasileiros”, afirmou Doria.

O tucano garantiu, contudo, que na reunião com Zema, à qual a imprensa não teve acesso, o assunto tratado foram medidas de conciliação das equipes de Defesa Civil dos dois estados, intercâmbio motivado pelas fortes chuvas que atingiram MG e SP neste início de ano.Luís Blanco / Governo de SP

Projeto de Zema para reajuste de servidores da Segurança Pública em Minas, criticado por João Doria, não teria sido abordado em reunião

Além dos governadores Zema e Doria, também participaram também da reunião na Cidade Administrativa o secretário de Governo de Minas, Bilac Pinto, o chefe da defesa Civil e do Gabinete Militar do governo de Minas, Coronel Rodrigo Rodrigues, o coordenador adjunto da Defesa Civil mineira, Tenente Coronel Flávio Godinho, o Secretário Chefe da Casa Militar e coordenador da defesa civil do governo do estado de SP, Coronel Walter Nyakas, e o secretário especial do estado de São Paulo em Brasília, Antonio Imbassahy.

Pressão

Durante o início da tarde, Doria afirmou que o reajuste para os servidores não era bom para Minas Gerais e que as consequências extrapolariam os limites do estado. “É inviável e pressiona, sim (os demais estados), porque estabelece um conceito de que se Minas, com dificuldade financeira, pode fazer, e os outros estados, por que não fazer? Porque não têm condição para isso. É preciso que essa decisão seja revista no âmbito da sua legalidade”, afirmou.

Sobre os reflexos nos demais estados, Doria desvinculou o reajuste do que ocorreu no Ceará, com o recente motim dos policiais. “Não acho que haja conexão nesse sentido, foi uma decisão local, um tema local, que o governador Camilo Santana (PT), com o apoio dos demais governadores, soube conduzir com destreza, com firmeza mas com equilíbrio e diálogo, tanto é que encerrou-se ontem à noite o motim e a greve”.

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