Justiça determina retirada de tornozeleira de vereador Wellington Magalhães

Da Redação (*)
07/11/2019 às 11:08.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:35
 (Cristiano Machado/ Hoje em Dia )

(Cristiano Machado/ Hoje em Dia )

O vereador de Belo Horizonte Wellington Magalhães não usa mais tornozeleira eletrônica, por determinação da Justiça, a partir desta quinta-feira (7), dia em que o vereador prestou depoimento na Comissão Processante da Câmara Municipal de BH, que decidirá sobre sua possível cassação. A informação foi confirmada pelo advogado do parlamentar, Leonado Salles.

A decisão é da 4ª Vara Criminal da capital e, como o processo corre em segredo de Justiça, nenhuma informação mais detalhada pode ser repassada, ainda segundo Salles. 

O depoimento na Comissão Processante foi por volta de 11h da manhã e Magalhães se defendeu de todas as acusações. O prazo para conclusão dos trabalhos na comissão é 23 de novembro.

Nessa quarta (6), https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/um-dia-antes-de-depor-em-comiss%C3%A3o-wellington-magalh%C3%A3es-d%C3%A1-entrevista-e-fala-sobre-den%C3%BAncias-1.755100 à rádio Itatiaia e falou sobre a acusação de desvio de recursos públicos e criticou o vazamento de informações do processo, que corre em segredo de Justiça, para a imprensa. 

O parlamentar foi questionado sobre como, recebendo um salário de R$ 17 mil, ele conseguiu adquirir um patrimônio (declarado na eleição de 2016) de quase R$ 1 milhão. "Essa é uma pergunta muito boa. Eu vejo aí, a família do Bolsonaro teve só mandato de deputado e tem mansão. Eu comecei a trabalhar com 16 anos, tudo que eu tenho eu declaro no imposto de renda. Carro, sempre tive carros bons, quem me acompanha sabe. Acho que isso aí é uma coisa que falam, mas não provam. Tudo meu é declarado", defendeu-se. 

Os jornalistas da Itatiaia também citaram o fato de uma colaboração premiada em que o político é citado ter sido anexada na segunda-feira (4) no processo de cassação de Magalhães. Em resposta, o advogado disse que os surpreende o fato da imprensa estar sabendo dessa delação, uma vez que ela estaria em segredo de Justiça. "Isso é crime, revelar o que está em segredo. Vou mais longe, a delação premiada não é prova, é meio de obtenção de provas. A pessoa fala, o juiz coloca no processo e aí tem que confirmar. Se falou que deu o dinheiro, deu em qual circunstância? Levou em dinheiro? Isso não tem no processo ainda, essa delação e nada é a mesma coisa", argumentou Salles.

Relembre o caso 

O pedido de cassação do mandato do vereador Wellington Magalhães foi apresentado pelo vereador Matheus Simões (Novo) e pelo advogado Mariel Marra e aprovado em plenário por unanimidade, no mês passado. Essa foi a segunda Comissão Processante instaurada na Casa para julgar a cassação de Wellington Magalhães. Na primeira vez, o mandato dele foi salvo pelos colegas parlamentares.

Além da denúncia de desvio de R$ 30 milhões da Câmara Municipal, o Ministério Público divulgou em julho que Magalhães teria recebido propina de R$ 1,8 milhão, além de caixas de vinho e viagens para superfaturar contratos de publicidade do Legislativo. 

(*) Com José Vítor Camilo

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