Kalil promete mais medidas de contenção do coronavírus

Evaldo Magalhães
primeiroplano@hojeemdia.com.br
18/03/2020 às 18:49.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:00
 (Amira Hissa/PBH/Divulgação)

(Amira Hissa/PBH/Divulgação)

Possível candidato ao governo estadual em 2022, o prefeito Alexandre Kalil mostrou-se frustrado, no final da tarde desta quarta-feira (18), por meio de uma rede social, com as novas medidas anunciadas pelo governador Romeu Zema para conter a expansão do coronavírus, especialmente em Belo Horizonte, que já registra dez casos confirmados de infecção, na capital. 

"Como o governo do Estado recuou nas providências que deveria tomar. Anunciarei amanhã, 12h, novas medidas", afirmou o prefeito, pelo Twitter. Amira Hissa/PBH/Divulgação 

Kalil anunciou que tomará as providências de combate a disseminação do vírus

Kalil se referia a informações extra-oficiais, que chegaram a circular na capital, de que Zema determinaria o contingenciamento do funcionamento de shoppings, bares e restaurantes e outros estabelecimentos da cidade. Ao falar do conjunto de ações para BH, na tarde de terça-feira, o prefeito elogiou o colega por algo que acabou não sendo concretizado.

"O governador me ligou. Já tínhamos combinado… Uma pena. Preocupado com votos e não com vidas", explicou Kalil. "Amanhã, Belo Horizonte anuncia suas medidas solitárias", garantiu. O mais provável é que Kalil, que já suspendeu atividades em escolas municipais, fechou parques e suspendeu a concessão de alvarás  para eventos, por exemplo, baixe decretos com restrições ainda mais severas,  atingindo estabelecimentos comerciais e de serviços, a despeito dos impactos econômicos que isso possa causar.

Governo

Em coletiva transmitida pelo Facebook nesta tarde, Zema anunciou uma série de novas medidas de combate ao coronavírus, mas não tocou na questão do funcionamento do comércio. Segundo o governador, o impacto econômico estimado para todo o Estado, da forma como está a situação, no momento, é de R$ 500 milhões em razão da pandemia.

Zema também afirmou que os salários dos servidores estaduais não poderão ser pagos de uma só vez, colocando fim ao parcelamento iniciado em 2016, na gestão de Fernando Pimentel, como era planejado pelo Executivo antes da chegada da Covid-19.

Mais cedo, também em entrevista concedida por meio da Internet, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas, Agostinho Patrus (PV), disse que os parlamentares irão priorizar, nos próximos dias, semanas e talvez meses, a apreciação de temas ligados ao novo coronavírus.

Com acesso público restrito, rodízio de servidores e trabalho remoto de parte do pessoal, entre outras medidas, a Assembleia Legislativa de Minas deverá adotar um sistema de votação online para permitir que os 77 deputados atuem de maneira remota, neste período.

Patrus também afirmou que terão destaque na agenda legislativa projetos ligados aos impactos econômicos da  Covid-19. Embora as iniciativas nesse caso devam partir do governo estadual, por meio de decretos ou projetos de lei enviados à Assembleia, o deputado assegurou que ele e os colegas ficarão atentos. "Queremos trazer essa discussão. Sabemos que assuntos que tratam da questão econômica são prerrogativa do Executivo, mas vamos levar sugestões. A atividade econômica será afetada, já estamos  vendo isso em setores como o do comércio,  de lazer. É preciso que o governo crie linhas de crédito para manter esses negócios", afirmou.

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