Reajuste retroativo de planos de saúde começa a partir de janeiro; entenda

Luiz Augusto Barros
luiz.junior@hojeemdia.com.br
30/12/2020 às 09:18.
Atualizado em 27/10/2021 às 05:26
 (© Arquivo/Agência Brasil)

(© Arquivo/Agência Brasil)

Os preços das mensalidades dos planos de saúde voltarão a ser reajustados a partir de janeiro de 2021. Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), por conta do bloqueio do aumento durante a pandemia da Covid-19, os valores dos acréscimos previstos para 2020 serão cobrados junto dos boletos do ano que vem.

Reajustado anualmente, o valor dos planos de saúde não sobe desde setembro e, em novembro, a ANS informou, além dos novos acréscimos, que o aumento que ficou bloqueado poderia ser dividido ao longo de doze parcelas do ano seguinte. Em nota, a agência disse que a proposta “buscou conferir alívio financeiro ao consumidor, sem desestabilizar as regras e os contratos estabelecidos”.

O reajuste para planos individuais ou familiares ficou estipulado em 8,14%. Para os planos coletivos, que equivalem a cerca de 80%, o aumento varia, sendo o acréscimo médio de 15%. No entanto, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) questionou a decisão e acionou a Justiça, pedindo a proibição do aumento. A entidade alegou falta de diálogo e transparência na definição do valor.

Em resposta, a ANS informou que os dados que balizam o aumento são públicos e conhecidos. O Idec entrou com pedido de liminar na última quinta-feira (24), mas a Justiça Federal negou a solicitação. A entidade, porém, pretende recorrer da decisão. Enquanto isso, o reajuste segue valendo.

Acúmulo de ajustes

O consumidor deve ficar atento ao valor dos boletos do próximo ano para não ter grandes surpresas financeiras. Além do reajuste anual deste ano, que será acrescido ao aumento de 2021, clientes que estão em fase de mudança de faixa etária têm, ainda, um terceiro acréscimo na mensalidade. 

Segundo dados da ANS, a suspensão atingiu mais de 20 milhões de beneficiários que teriam reajuste anual por variação de custos. Outros 5 milhões estão em período de mudança de faixa etária.

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