Além de servir de alertas sobre o câncer de próstata, na campanha nacional já conhecida como “Novembro Azul”, o mês marca outra ação importante: chamar atenção para os cuidados com afecções na boca. Os tumores malignos na região são o oitavo tipo mais comum no Brasil.
Como em outros casos, o diagnóstico precoce é fundamental. E o autoexame é um bom começo. A doença tem 90 % de chance de cura se descoberta em fase inicial.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que o câncer de boca, apesar de pouco conhecido, é mais prevalente entre os homens, afetando principalmente os lábios (principalmente o inferior), língua (sobretudo as bordas), gengivas, bochechas, céu da boca (palato) e assoalho (região embaixo da língua), sobretudo de homens acima dos 40 anos e fumantes.
Estima-se que, no Brasil, ocorram cerca de 15 mil novos casos de câncer de boca por ano. “Infelizmente, muitas pessoas ainda procuram o dentista apenas quando sentem dor, e acabam deixando passar sinais que poderiam ser identificados logo no início”, ressalta a dentista e diretora da Neodent, Priscila Gonçalves Cordeiro.
“O diagnóstico precoce é o fator que mais impacta nas chances de cura, que podem variar de 70% a 90% quando o tratamento começa cedo”, completa a especialista.
Atenção aos sinais
O câncer de boca pode se manifestar de diferentes formas. Entre os principais sinais de alerta estão feridas que não cicatrizam, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas, caroços, dor persistente, sangramentos e dificuldade para engolir ou falar. Observar essas alterações é fundamental, e o autoexame pode ser um grande aliado nesse processo.
Para quem possui implantes dentários, os cuidados preventivos são os mesmos, mas o acompanhamento profissional ganha ainda mais importância.
“O dentista consegue identificar qualquer alteração durante as consultas de manutenção, o que é imprescindível não só para manter a integridade dos implantes, como também para investigar afundo possíveis lesões que mereçam mais atenção. Pacientes com implantes devem manter a rotina de higiene e acompanhamento profissional, assim como qualquer outro paciente”, orienta Priscila.
A recomendação é simples: fazer avaliações periódicas com o dentista, pelo menos a cada seis meses, e realizar o autoexame da boca com regularidade – principalmente pessoas acima de quarenta anos e que acumulam fatores de risco. “Cuidar da boca é cuidar da saúde como um todo. O dentista é um aliado essencial na prevenção de doenças e na promoção do bem-estar”, finaliza.
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