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Menos da metade dos brasileiros têm informações completas sobre combate à dengue

Desconhecimento é ainda maior em relação a outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como Zika e Chikungunya

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 22/08/2025 às 19:05.
Nos mutirões, agentes de saúde buscam identificar pontos de proliferação do Aedes aegypt (Divulgação)
Nos mutirões, agentes de saúde buscam identificar pontos de proliferação do Aedes aegypt (Divulgação)

Apesar do alto grau de exposição que levou o país a registros históricos de dengue no ano passado, mais da metade dos brasileiros ainda desconhece informações cruciais sobre a doença e como evitá-la. Pesquisa mostra que apenas 41,7% da população afirma ter conhecimento suficiente sobre a doença, que em 2024 somou mais de 600 mil casos somente em Minas Gerais. 

Segundo o levantamento feito pela SC Johnson, o desconhecimento é ainda maior em relação a outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como Zika e chikungunya. Quando se trata de malária, a situação piora:  22% dos entrevistados declararam conhecer a doença apenas pelo nome. 

Análise da fabricante global de produtos de limpeza e de controle de pragas aponta que os resultados evidenciam a necessidade de fortalecer ações educativas contínuas, acessíveis e didáticas, que mobilizem diferentes perfis da população para uma prevenção mais eficaz. 

O levantamento mostrou ainda que quase 70% dos brasileiros se preocupam com doenças transmitidas por mosquitos o tempo todo, e não apenas durante surtos ou no verão, quando a proliferação de mosquitos é mais comum. No entanto, essa preocupação nem sempre se traduz em ações concretas, como o uso correto de repelentes ou a eliminação de criadouros.

3,7% dizem conhecer a dengue apenas pelo nome

Dados da Secretaria de Estado da Saúde mostram que Minas Gerais registrou 156.998 casos prováveis (notificados, exceto os descartados) de dengue até o início deste mês. Desse total, 99.047 já foram confirmados.

A pesquisa apontou ainda que 3,7% dizem conhecer a dengue apenas pelo nome. A maioria (54,5%) possui algum nível de informação parcial: 9,9% conhecem apenas noções gerais, 25,8% reconhecem os sintomas e 18,8% estão familiarizados com o tratamento.

Mulheres mais informadas

As mulheres demonstram estar mais informadas: 43,7% dizem ter conhecimento completo sobre a dengue, contra 38,6% dos homens. A diferença também se reflete no conhecimento sobre Zika e chikungunya: entre os homens, os percentuais caem para 23,1% e 22,5%, respectivamente, enquanto a média feminina se mantém em 27%.

A falta de informação se torna ainda mais evidente quando o foco recai sobre outras enfermidades transmitidas por mosquitos. Apenas 27% dos brasileiros afirmam ter informações completas sobre Zika e 25% sobre chikungunya, ambas arboviroses associadas ao Aedes aegypti. 

Dicas importantes:

  • Aplique o repelente na pele exposta e sobre as roupas (não é necessário aplicar por baixo delas). Uma camada uniforme já é suficiente para garantir a proteção.
  • Se for usar protetor solar, aplique-o sempre primeiro. Depois que o protetor for absorvido pela pele, o repelente deve ser aplicado por cima.
  • Reforce a aplicação após o banho ou em caso de suor excessivo, ajudando a proteção se manter ativa ao longo do tempo.
  • Para aplicação no rosto, prefira espalhar com as mãos. Assim, você evita o contato direto do produto com olhos, boca e nariz. No caso de crianças, o ideal é que um adulto aplique primeiro nas mãos e, depois, espalhe na pele da criança.
  • Mesmo quem já está com sintomas deve usar o repelente. Isso evita que mosquitos piquem a pessoa infectada e transmitam o vírus para outras pessoas.
  • Evite aplicar o produto em excesso. Mais repelente não significa mais proteção — o uso correto é o que faz a diferença.
  • Evite o contato com olhos, boca, mucosas, cortes ou pele irritada. Em caso de contato acidental com os olhos, lave imediatamente com água em abundância.
  • Além do uso do repelente, outras ações simples ajudam a manter os mosquitos longe, como usar roupas claras, leves e que cubram a maior parte do corpo; evitar o uso de perfumes ou loções muito perfumadas. Alguns aromas podem atrair mosquitos; eliminar os focos de água parada.

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