Pandemia

OMS não acredita em nova onda de Covid-19 causada pelas subvariantes XBB e BQ.1

João Paulo Martins
joao.oliveira@hojeemdia.com.br
05/11/2022 às 17:09.
Atualizado em 05/11/2022 às 17:12

Apesar das notícias que circularam recentemente informando que as sublinhagens XBB e BQ.1 da Ômicron, que é uma mutação do novo coronavírus (causador da Covid-19), a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou, em comunicado compartilhado no final de outubro, que essas subvariantes não diferem das que já existem a ponto de “enganarem” o sistema imunológico e inviabilizarem as vacinas.

"Com base nas evidências atualmente disponíveis, o Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 (TAG-VE) não acredita que o fenótipo (aparência externa) geral de XBB e BQ.1 seja suficientemente diferente um do outro, ou de outras linhagens da Ômicron com mutações capazes de escapar do sistema imunológico”, disse o órgão de saúde das Nações Unidas.

A OMS esclareceu que as duas sublinhagens continuam a fazer parte da Ômicron, que, por sua vez, permanece sendo uma variante de preocupação.

XBB
A sublinhagem XBB é uma combinação das subvariantes BA.2.10.1 e BA.2.75 e tem prevalência de 1,3% no mundo, sendo detectada em 35 países. Segundo a OMS, apesar de registrar aumento em CIngapura e na Índia, a XBB ainda não pode ser associada a um aumento das novas infecções.

BQ.1
A BQ.1 é uma sublinhagem da BA.5 e carrega mutações da proteína Spike (usada pelo coronavírus para invadir nosso organismo). Ela tem prevalência de 6% e foi detectada em 65 países. Embora não haja dados sobre a gravidade de sua infecção ou capacidade de “enganar” o sistema imunológico, a BQ.1 está mostrando crescimento significativo em relação a outras sublinhagens da Ômicron que circulam em várias partes do mundo, incluindo Europa e EUA. 

“Enquanto estamos olhando para uma vasta diversidade genética das sublinhagens da Ômicron, elas apresentam resultados clínicos semelhantes, mas com diferenças no potencial de ‘escapar’ do sistema imunológico”, disse a OMS no comunicado.

A entidade da ONU lembrou que o papel do Grupo Técnico Consultivo da OMS sobre a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 é alertar se uma variante com um fenótipo substancialmente diferente está surgindo e provavelmente representará uma ameaça significativa.

“A OMS continuará monitorando de perto as linhagens XBB e BQ.1 como parte da Ômicron e solicita que os países continuem vigilantes, monitorem e relatem sequências, bem como realizem análises independentes e comparativas das diferentes sublinhagens da Ômicron”, informou a organização.

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