Bem-Estar

Você costuma atrair muito mosquito? A ‘culpa’ pode ser do seu cheiro, diz estudo

João Paulo Martins
joao.oliveira@hojeemdia.com.br
21/10/2022 às 22:18.
Atualizado em 21/10/2022 às 22:22

Você é do tipo de gente que parece atrair mosquitos? Isso pode ser “culpa” do seu cheiro, de acordo com estudo publicado na última terça-feira (18) na revista científica Cell.

Algumas pessoas parecem ser atacadas mais frequentemente por mosquitos do que outras. Existem inúmeras teorias sobre por que isso acontece, como tipo sanguíneo, cor da roupa alguém ou mesmo bactérias presentes na pele, mas nenhuma dessas teorias foi comprovada cientificamente, explica o site americano Phys.org.

Na pesquisa recém-publicada, cientistas revelam como a produção de uma substância química ligada ao cheiro torna algumas pessoas mais atraentes aos mosquitos.

Durante três anos, cientistas fizeram com que oito participantes usassem meias de nylon nos braços durante seis horas por vários dias para que captassem o cheiro de suas peles. Em seguida, as meias foram colocadas nas extremidades de tubos longos ligados a mosquitos Aedes Aegypti, causadores de doenças como dengue e Zika, para ver quais tubos eles escolheriam.

Como mostra o Phys.org, um dos participantes, chamado “Sujeito 33”, era quatro vezes mais atraente aos mosquitos do que o segundo colocado e atraía 100 vezes mais o inseto do que o participante menos atraente.

Para ver se essa resposta era apenas uma coincidência, os pesquisadores conseguiram outros 56 voluntários para o estudo e, ao repetirem o teste, os mosquitos ainda permaneceram leais ao “Sujeito 33’.

Após analisar os compostos químicos de cada participante, o estudo descobriu que os participantes mais atraentes para o Aedes produziam ácidos carboxílicos, que são produzidos na pele humana por bactérias responsáveis pelos odores corporais. Algumas pessoas produzem mais essa substância do que outras.

“Existe uma associação muito, muito forte entre ter grandes quantidades desses ácidos graxos na pele e ser um ímã de mosquitos”, comentou a neurobióloga Leslie Vosshall, da Universidade Rockefeller, em Nova York, citada pelo Phys.org.

Os cientistas acreditam que a pesquisa pode abrir caminho para a fabricação de repelentes mais eficientes. Porém, levando em conta o composto que atrai o Aedes aegypti, seria necessário estudar o microbioma da pele de pessoas que atraem menos os mosquitos.

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