Jornada do leão

Perto de ganhar motor turbo, conferimos como o Peugeot 208 Griffe se comporta na estrada

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 30/07/2023 às 11:47.
 (Marcelo Jabulas/Hoje em Dia)

(Marcelo Jabulas/Hoje em Dia)

A Peugeot se prepara para lançar a versão turbo da atual geração do 208. Recentemente ela lançou a linha 2024 do hatch argentino, mas ficaram faltando as versões top de linha. 

Assim, é esperado que o 208 equipado com motor 1.0 turbo de 130 cv e 20,4 kgfm de torque, combinado com caixa CVT de sete marchas, chegue até o fim de agosto. Mas antes disso, colocamos o leão com o velho motor 1.6 de 120 cv na estrada mais uma vez.

Rodamos 1,3 mil quilômetros como o hatch francês. Com quatro adultos e uma criança a bordo, o 208 foi no seu limite. Ele mostrou suas virtudes e também suas limitações.

A primeira delas é no bagageiro. Para viajar com lotação máxima, não se pode levar muita tralha. Ele acomodou cinco bolsas mediadas e duas mochilas. Aquele travesseiro de estimação ficou de fora do passeio.

Dança das cadeiras

Lá dentro, um rodízio foi necessário para aliviar quem viaja no assento do meio. Ele é mais alto e estreito e acomoda mal qualquer um com mais de 1,45 m. Assim, a dança das cadeiras é necessária para manter a paz.

Coração do leão

O motor 1.6 de 120 cv e 15,7 kgfm de torque não tem a esperteza e nem força de uma unidade turbo, mas não refuga. O pico de torque aparece em elevados 4.500 rpm, mas boa parte da força está disponível na faixa dos 2 mil giros.[/TEXTO]
Assim, ele sempre tem torque para sustentar a velocidade. E na hora de ultrapassar a caixa de seis velocidades busca amarcha ideal para o máximo de força. O leãozinho urra, mas completa a tarefa com valentia.

O consumo, com gasolina, ficou na ordem de 13,8 km/l. Trata-se de um número satisfatório para um carro com a carga útil praticamente no limite. 

Comodidades 

Mas o que chamou a atenção foram os conteúdos do leão. Os assistentes de condução como alerta de colisão e monitor ativo de permanência em faixa se mostraram úteis naqueles momentos em que a distração surge ao volante. Felizmente não foi necessário atestar a frenagem automática de emergência.

A climatização digital permite ajustar bem a temperatura, mas o comando na tela do multimídia é irritante. Principalmente quando se está navegando. Deveria ter pelo menos uma opção de desarmar a ventilação no teclado abaixo do monitor. 

Outro gracejo desse francês é seu teto solar panorâmico. Ele não abre, mas torna o passeio mais agradável ao cair da noite. Durante o dia, ele deve ficar com a cortina fechada para não transformar o carro numa estufa.

Agora é aguardar para ver como o 208 turbo irá se comportar na estrada. O velho Griffe aspirado mostrou que o peso da idade do motor (herança do 206) não foi problema. Vejamos como irá se comportar o 208 com motor italiano.

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