Após ter as negociações fechadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) por duas vezes, as ações da Petrobras terminaram o dia em alta de 1,14%, sendo negociadas a R$ 27,62. Após o anúncio de um novo reajuste no preço dos combustíveis, na última sexta-feira (17), as ações da estatal caíram 2,34% nesse dia, o que fez com que as negociações abrissem com queda de 5% nesta segunda-feira (20).
Incertezas pairam sobre a Petrobras, incluindo uma possível CPI na Câmara dos Deputados, a pedido do presidente da república Jair Bolsonaro (PL). Além disso, a companhia foi criticada pelo ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, que pediu explicações sobre o novo reajuste. Mesmo assim, não é hora dos acionistas da estatal venderem as ações, segundo o coordenador do MBA em Finanças do Ibmec BH, Fabiano Santos.
"É muito delicado dar orientações sobre isso, ainda mais em um momento desse. Mas observando o gráfico dos últimos períodos, a tendência das ações da Petrobras é de alta. Eu também tenho ações lá, e não vou vender. A Petrobras é uma das empresas mais lucrativas do setor", afirmou o coordenador.
Apesar de acreditar que não é momento para desespero, Santos ressaltou que as intervenções do governo nos rumos da empresa não são bem vistas pelo mercado. "Sempre é motivo de preocupação. Essa troca na presidência, por exemplo, é má vista pelo mercado. Não foi apresentada justificativa para que ocorresse a substituição. É uma decisão puramente eleitoreira, em ano de eleição".
Após o anúncio da saída de Coelho, o diretor-executivo de Exploração e Produção, Fernando Borges, foi anunciado como presidente interino da companhia.
De olho no que acontece com a Petrobras, o dólar comercial fechou o dia em alta de 0,85%, negociado a R$ 5,18. Já o Ibovespa praticamente se manteve estável, subindo 0,03%, fechando em 99.852 pontos.
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