
José Mauro Ferreira Coelho é o novo presidente da Petrobras, mas o consumidor não deve esperar mudanças na política de preços da companhia.
Em seu discurso de posse, realizada na tarde desta quinta-feira (14), o novo presidente reafirmou o compromisso com a manutenção da paridade de preços com o mercado internacional, que vem sendo indicada como causa das altas de preços nos últimos anos, e reforçou o compromisso com a retirada de investimentos da Petrobras no setor de refino do petróleo.
José Mauro assume o lugar do general Joaquim Silva e Luna. O antigo gestor foi alvo de críticas por parte do presidente Jair Bolsonaro devido à insistência de manter a política de paridade de preços com o mercado internacional. Contudo, o novo presidente não deve alterar essa questão.
Segundo o novo presidente da Petrobras, "somos autossuficientes na produção de petróleo e até somos exportadores de óleo bruto, mas ainda somos grandes importadores de de combustíveis, entre eles, a gasolina", informou para justificar a necessidade de manutenção da política de preços da empresa.
Entre os presentes na posse estava o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, responsável pela indicação do novo presidente, que destacou o sucesso da retirada de investimentos em exploração de petróleo e produção de combustíveis.
Segundo ele, esses desinvestimentos "garantem a atração de novas empresas, que geram recursos para a União e empregos para a população". Nas palavras do ministro, são uma forma de aumentar a concorrência que poderá garantir melhor prestação de serviços aos consumidores brasileiros e deve ser mantida nos próximos anos.
Ainda conforme Bento Albuquerque, o setor de petróleo continuará sendo fundamental e os recursos que serão gerados ajudarão na transição energética que deve acontecer nas próximas décadas.
José Mauro Ferreira Coelho foi indicado ao cargo após a recusa de Adriano Pires. Antes de se tornar presidente da Petrobras, ele foi secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, até 2021. Antes, foi diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
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