América anuncia retorno de Miguelito a Minas e defende jogador; ‘confiamos na palavra do atleta’
Jogador ficou detido no Paraná após ser acusado de injúria racial durante o jogo contra o Operário
O atacante Miguelito, do América, foi liberado na tarde desta segunda-feira (5) da uma delegacia de polícia no Paraná, após ser detido por suspeita de injúria racial contra um jogador do Operário, durante jogo pela Série B. A informação foi confirmada pelo clube mineiro, que ainda afirmou “confiar na palavra do atleta”.
Segundo o comunicado, o camisa 7 já prestou depoimento e os esclarecimentos necessários. Ele negou o crime à polícia.
“O América confia na palavra de seu atleta e está oferecendo todo o suporte para auxiliá-lo neste caso. O clube reafirma seu compromisso inabalável no combate ao racismo. Esses valores são inegociáveis, e o América Futebol Clube repudia veementemente qualquer ato de preconceito e discriminação, afirma a nota.
O presidente do clube, Alencar da Silveira Jr, já havia se pronunciado informando que as acusações são infundadas, “após criteriosa apuração interna e análise dos fatos disponíveis”.
Entenda o caso
Miguelito foi acusado de injúria racial na noite desse domingo (4) durante o jogo contra o Operário, em Ponta Grossa, pela 6ª rodada da segunda divisão. De acordo com a súmula da partida, redigida pelo árbitro Alisson Sidnei Furtado (TO), aos 30 minutos do primeiro tempo, Allano, jogador do time paranaense, o acionou para relatar que Miguelito o teria chamado de “preto cagão”.
No documento o árbitro ainda afirma que “nenhum integrante da arbitragem viu e/ou ouviu”, mas, imediatamente foi realizado o protocolo antirracismo.
Após 16 minutos de paralisação, o jogo foi reiniciado com Miguelito sendo mantido em campo. No intervalo, o técnico William Batista sacou o meio-campista do confronto, que terminou com a vitória do Fantasma, por 1 a 0.