
O atacante boliviano do América, Miguelito, foi denunciado nesta quarta-feira (7) pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por ofensa racial. O caso teria ocorrido no último domingo (4), durante uma partida válida pela série B do Campeonato Brasileiro contra o Operário.
O MPPR cita na denúncia que “imagens oficiais do jogo demonstram o exato momento em que o denunciado vira o rosto e profere a injúria racial contra a vítima”. No inquérito policial incluído na denúncia, é citado também que “a injúria racial, enquanto forma de exteriorização do racismo, carrega em sua prática especial gravidade, considerando o bem jurídico histórico e globalmente violado que se pretende proteger”.
Miguelito foi acusado pelo atacante Allano, do Operário-PR, de tê-lo chamado de “preto cagão” aos 30 minutos do primeiro tempo, conforme relatou o árbitro Alisson Sidnei Furtado na súmula após o jogo. No momento, Alisson realizou o protocolo antirracista da Fifa, paralisando o duelo com um sinal de “X” feito com os braços.
Miguelito ficou detido até a noite de segunda-feira (7) no Paraná, onde prestou depoimento afirmando que não proferiu as palavras ao atacante do Operário. Caso seja condenado, o jogador pode sofrer pena de reclusão por período variando entre dois e cinco anos.
Jogador suspenso
Nessa terça-feira (6), Miguelito já havia recebido uma suspensão preventiva do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após o presidente do tribunal acatar o pedido da Procuradoria. Com isso, ele está impedido de jogar até que seja julgado, o que ainda não tem data para acontecer.
Caso condenado, Miguelito poderá pegar um gancho de até 10 jogos e pagar uma multa de R$ 100 mil reais.