A vitória do Atlético-MG por 2 a 0 diante do Santos, no último domingo (27), pela 21ª rodada da Série A do Brasileirão, animou os torcedores. Além de chegar aos 30 pontos e subir para 9ª posição, o Galo comemorou a inauguração em jogos oficiais da nova casa, a Arena MRV, que traz tecnologia de ponta em diversos segmentos e consolida a presença de arenas multiusos no futebol brasileiro. Porém, trabalhos ainda precisam ser feitos, pois falhas foram percebidas durante o primeiro evento.

O estádio receberá não só todos os compromissos do Atlético em competições nacionais e internacionais, mas também shows e atrações culturais - há datas confirmadas para 6 e 9 de setembro e 3 de novembro, esta com apresentação de Paul McCartney.

Uma das facilidades adotadas na Arena MRV é o reconhecimento facial para entrada no estádio. A adoção da tecnologia, presente em outros estádios do país, casos do Allianz Parque e da Arena da Baixada, é fruto de uma parceria com uma empresa líder em acessos em arenas.

“Queremos oferecer facilidade, segurança e conforto ao torcedor atleticano no momento de acesso ao estádio. O controle de acessos e outros recursos inovadores vão facilitar a gestão de sócios e torcedores, além de tornar a Arena MRV o estádio mais tecnológico da América Latina. Nosso objetivo é ajudar a proporcionar experiências únicas, cada vez mais fundamentais para os principais palcos do futebol brasileiro”, afirma Tironi Paz, CEO da empresa em questão.

O exemplo se expande para outros clubes do país. O Goiás se tornou um dos pioneiros na implementação deste sistema ao ter o primeiro estádio do país neste modelo. A nova ferramenta tem como objetivo fornecer maior segurança nas dependências do Hailé Pinheiro, fazendo com que 100% de torcedores e sócios entrem no local de maneira rápida e eficiente, evitando filas, além de inibir a comercialização ilegal de ingressos por cambistas.

A Serrinha, como é conhecido pelos torcedores, também conta com vigilância por câmeras de superzoom, que aumentam a fiscalização e podem identificar qualquer torcedor presente nas dependências do estádio.

“Damos grande importância ao conforto e à segurança de nossos torcedores e visitantes. O Goiás optou por investir de forma pioneira na tecnologia de reconhecimento facial sabendo da sua natureza inovadora. O nosso comprometimento é justamente para atrair mais espectadores e facilitar a entrada nos nossos jogos. Isso garante que os torcedores se sintam à vontade e protegidos ao frequentar nossas instalações esportivas", declarou Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás.

"Nosso foco é impulsionar a modernização do futebol brasileiro, especialmente em termos de segurança. Os clubes devem perceber este momento como uma chance de inovar e se dedicarem ao avanço desse processo", complementou .

Para Renê Salviano, CEO da Heatmap, agência especializada em marketing esportivo, este caminho é o futuro para os estádios do futebol brasileiro. “Uma arena de entretenimento possui centenas de possibilidades de monetização, além do futebol. Eu acredito muito na profissionalização das equipes que fazem as gestões das arenas, em um mundo cada vez mais digitalizado, ter um espaço físico que caiba experiências de todos os tamanhos fazem toda a diferença”, declarou.

Falhas na estreia da Arena MRV

Se por um lado a Arena MRV se tornou um dos estádios mais tecnológicos do continente, por outro, ajustes são necessários para evitar novos transtornos aos torcedores.

Durante a partida contra o Santos o sinal de internet parou, atrapalhando comerciantes dentro e fora do estádio. Havia lixo espalhado por vários locais, com restos de comida e garrafas de cerveja. Faltaram copos, o que atrasou bastante o atendimento nos bares. Além disso, o gramado demanda cuidado especial.

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