Justiça da Suíça anula condenação de Cuca por caso de estupro em 1987
Por causa de irregularidades identificadas no processo caso do treinador brasileiro foi anulado em país europeu

O Tribunal de Berna, na Suíça, anulou a sentença que havia condenado o técnico Cuca, por suspeita de estuprar uma menor de idade durante uma excursão do Grêmio ao país europeu em 1987. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (3).
Em novembro de 2023, a juíza Bettina Boschler reabriu o caso após pedido solicitado pela defesa do treinador. Como o julgamento foi realizado na Suíça, a Justiça considerou que Cuca foi julgado à revelia, ou seja, não estava presente, e sem representação legal. Com isso, o processo foi submetido ao Ministério Público para análise de eventual prescrição.
O Ministério Público da Suíça, por sua vez, alegou que o crime estava prescrito, não podendo haver um novo julgamento, sugerindo a anulação da pena e, consequentemente, a extinção do processo.
Com isso, o julgamento foi anulado em função de irregularidades identificadas no processo de 1989. Além da decisão pela anulação, a juíza responsável determinou uma indenização a Cuca em 13 mil francos suíços (R$ 75 mil reais). As cifras foram reduzidas a 9500 francos (R$ 55,2 mil) após descontos dos casos processuais.
Vale ressaltar que a decisão não inocenta Cuca, apenas anula a sentença e extingue o processo, sem entrar no mérito de culpa ou inocência. Não há a possibilidade da abertura de um novo julgamento.
Em nota oficial, o treinador comentou sobre a decisão do Tribunal de Berna.
“Hoje eu entendo que deveria ter tratado desse assunto antes. Estou aliviado com o resultado e convicto de que os últimos 8 meses, mesmo tendo sido emocionalmente difíceis, aconteceram no tempo certo e de Deus”, afirmou o treinador em nota divulgada pela assessoria.
*Estagiário sob supervisão de Angel Drumond
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