A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quinta-feira (23), a proibição de venda e recolhimento de lotes de medicamentos para hipertensão contendo losartana. Segundo a Anvisa, a medida foi tomada devido à presença acima do permitido da impureza chamada “azido”.
A losartana é o anti-hipertensivo e um dos medicamentos para insuficiência cardíaca mais utilizados no Brasil, informou a agência.
Apesar da decisão, os pacientes que utilizam o medicamento não devem interromper o tratamento, mesmo que estejam usando algum lote afetado pela medida desta quinta. A suspensão indevida do uso pode causar danos graves à saúde.
“A medida preventiva foi adotada após a evolução do conhecimento sobre as impurezas e serve para adequar os produtos utilizados no Brasil aos limites técnicos previstos para a presença desse contaminante”, disse a Anvisa em seu site.
A lista de remédios que devem ser recolhidos do mercado consta deste link e os medicamentos interditados, neste outro endereço.
A Vigilância Sanitária dá as seguintes recomendações a quem possuir caixa de losartana que faz parte da proibição:
O que são as impurezas azido?
De acordo com a Anvisa, as impurezas azido são substâncias que podem surgir durante o processo de fabricação do insumo farmacêutico ativo e possuem potencial mutagênico.
A decisão desta quinta (23) é preventiva, e foi adotada após as descobertas das impurezas e realização de análises dos produtos disponíveis no mercado brasileiro, conforme a agência.
A descoberta da possibilidade de presença do azido na losartana se deu, originalmente, em setembro de 2021.
A Anvisa notificou os detentores de registro dos medicamentos para apresentarem os resultados da avaliação acerca da existência dessa impureza em seus produtos. Outras autoridades reguladoras no mundo também adotaram ações de recolhimento, como na Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos da América, Portugal, República Tcheca e Singapura.
(*) Com site da Anvisa
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