Ômicron mata e não deve ser considerada branda, afirma OMS sobre 'tsunami de casos'

Bernardo Estillac
bernardo.leal@hojeemdia.com.br
07/01/2022 às 15:12.
Atualizado em 10/01/2022 às 02:02
 (Denis Balibouse/OMS)

(Denis Balibouse/OMS)

A variante Ômicron do novo coronavírus mata e não deve ser tratada como branda, é o que afirmou o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, em pronunciamento divulgado na última quinta-feira (6).

De acordo com Adhanom, assim como outras variantes, a Ômicron está hospitalizando e matando pessoas ao redor do mundo, embora aparente ser menos severa que a Delta.

O diretor-geral revelou que o mundo registrou, na última semana, o maior número de casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Segundo ele, o rápido "tsunami de casos" está sobrecarregando sistemas de saúde em vários países.

Em Minas Gerais, os casos de Covid-19 cresceram mais de 345% na primeira semana de 2022. Para o secretário estadual de Saúde de Minas, Fábio Baccherretti, é uma questão de semanas para que a Ômicron seja a variante predominante no Estado.

Tedros Adhanom falou também sobre as vacinas e disse que as que estão disponíveis podem não inibir a transmissão do coronavírus, mas permanecem altamente eficientes para reduzir a hospitalização e as mortes em decorrência da Covid.

O diretor-geral da OMS também falou sobre a importância da manutenção dos protocolos contra a disseminação do coronavírus.

"Assim como a vacinação, medidas de saúde pública, incluindo o uso de máscaras bem ajustadas, distanciamento, evitar aglomerações e investir na ventilação (dos ambientes) são importantes para limitar a transmissão", disse.

Trabalho conjunto
Adhanom voltou a tratar sobre a importância de um esforço conjunto entre os países para combater a pandemia.

"Eu espero que os líderes globais que mostraram tanta determinação em proteger suas próprias populações estendam esse esforço para ter certeza de que todo o mundo está seguro e protegido", afirmou o diretor-geral em relação às expectativas para 2022.

Ele reclamou que a desigualdade no acesso às vacinas e aos serviços de saúde foi a maior falha do último ano, matando pessoas, acabando com vagas de empregos e minando uma recuperação econômica global.

Para o diretor-geral da OMS, a falta de acesso aos imunizantes também tem papel no surgimento de variantes do coronavírus.

"Alfa, Beta, Delta, Gama e Ômicron refletem que, em parte por causa de baixas taxas de vacinação, criamos as condições perfeitas para a emergência de novas variantes do vírus", concluiu.

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