12 das 14 regiões de Minas já estão com UTI no sufoco, e cenário pode piorar com mais casos de Covid

Luiz Augusto Barros
luiz.junior@hojeemdia.com.br
10/03/2021 às 20:08.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:22
 (Rovena Rosa / Agência Brasil)

(Rovena Rosa / Agência Brasil)

Apenas duas das 14 regiões mineiras estão com a ocupação dos leitos de terapia intensiva inferior a 70%. Em seis regionais a taxa de internação de pacientes graves já passa dos 80% nas UTIs. O cenário preocupante pode piorar ainda mais com risco de colapso nos hospitais. O Estado prevê de quatro a cinco vezes mais casos de Covid-19 nessa onda atual, se comparado ao pico de julho de 2020.

A projeção foi feita pelo próprio secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, que esteve na ALMG para prestar esclarecimentossobre suspeita de fura-fila na vacinação. Com o salto significativo das notificações, Amaral também prevê aumento das mortes. 

“Novamente, estamos tendo aumento, o que tem relação direta com a circulação de novas cepas. Tivemos um pico de óbitos em 27 de janeiro, houve queda significativa e, agora, com aumento de casos, notamos um aumento de óbitos que se aproxima”, avaliou.

Recorde e medidas
Com o avanço do coronavírus no território mineiro – que ontem bateu recorde de casos confirmados em 24 horas, com mais de 10 mil doentes –, quatro regiões avançaram à Onda Roxa do Minas Consciente, na qual a circulação de pessoas nas ruas fica proibida das 20h às 5h.

Em meio às tentativas de barrar o vírus, as unidades de saúde operam perto do limite. Na região Central, faixa composta por 101 municípios, incluindo a Grande BH, o índice de ocupação das UTIs atingiu 85%. Por conta disso, cidades metropolitanas se uniram e determinaram toque de recolher. 

Nas macrorregiões do Triângulo do Sul e do Norte, que seguem no sufoco há pelo menos três semanas, a taxa de internação nos leitos está em 84,76% e 84,16%, respectivamente. Ambas, inclusive, estão na faixa mais rigorosa do Minas Consciente.

Apenas o Jequitinhonha (62,12%) e a região Nordeste (60,87%) têm números inferiores ao restante de Minas. Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES), 938 mil mineiros já testaram positivo e quase 20 mil morreram por complicações da doença desde março de 2020.

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