Defesa Civil irá 'melhorar' plano de contingência em Barão de Cocais; população teria 1h12 para sair

Malú Damázio
23/03/2019 às 13:14.
Atualizado em 05/09/2021 às 17:56
 (Defesa Civil MG / Divulgação)

(Defesa Civil MG / Divulgação)

A evacuação da zona secundária, onde vivem cerca de 9 mil pessoas, deve ocorrer em até 1h12, no máximo, caso a barragem da mina do Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central de Minas, se rompa. A contenção tem risco iminente de ser arrastada pela lama e há 3 mil casas no trajeto dos rejeitos, conforme a Defesa Civil do Estado. Um simulado de emergência será feito com a população na próxima segunda (25).

O plano de contingência, que divide a cidade em quadrantes e estabelece áreas de autossalvamento, está sendo melhorado para que prefeitura, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil estadual, Defesa Civil municipal e Polícia Militar (PM), possam retirar a população das áreas de risco de forma mais eficiente e para que as pessoas saibam para onde ir em um eventual rompimento. A otimização da estratégia, porém, pode demorar até domingo (24), segundo o coordenador adjunto da Defesa Civil, tenente-coronel Flávio Godinho. 

Em entrevista coletiva após reunião com força-tarefa de órgãos públicos na manhã deste sábado (23), Godinho garantiu que é possível evacuar a zona de risco em 1h. Uma reunião com toda a população de Barão de Cocais está marcada para as 14h, no ginásio poliesportivo para esclarecer a situação. 

“Se acontecer neste exato momento, a Polícia Militar tem toda condição de retirar essas pessoas, só que o plano vai facilitar uma coordenação para que isso ocorra. Os protocolos de segurança estão bem estabelecidos, com uma tropa da PM, uma da defesa civil e uma dos bombeiros para fazer a evacuação emergencial nesse tempo, mas agora seria realmente tirar de casa, sem levar nada”, afirmou o tenente-coronel. 

O plano permitirá que os moradores possam se planejar, separar documentos, veículos e outros pertences que precisam ser removidos de casa. Godinho destacou ainda que, embora não seja uma orientação da Defesa Civil, as pessoas que não se sentirem confiantes para permanecer no lar podem sair de forma preventiva: “vamos acolhê-las e dar todo o atendimento que necessitam”. 

Questionado sobre a possibilidade de fazer a evacuação preventiva antes do rompimento da barragem Sul Superior, Godinho alegou que é melhor que as pessoas com deficiência e dificuldade de deslocamento permaneçam em casa. “Continuamos dando a elas a qualidade de estar na sua cidade, na sua comunidade, de forma preventiva”. Ele ainda ressaltou que a Vale deve monitorar a barragem 24h por dia e repassar todas as informação para o posto de comando em tempo real. “Não podemos perder um minuto”, disse. 

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