Comércio de 2ª a 6ª, almoço no restaurante e lazer nas praças exigem cuidado redobrado em BH

Renata Galdino
rgaldino@hojeemdia.com.br
21/08/2020 às 07:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:20
 (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

(Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Bares e restaurantes com público no almoço e lojas e shoppings centers abertos cinco dias durante a semana. A partir de segunda-feira, Belo Horizonte amplia a flexibilização sob um alerta: a pandemia de Covid-19 não acabou e a população precisa manter o distanciamento social, usar máscaras e evitar aglomerações.

Se os números da doença subirem, o prefeito Alexandre Kalil não descarta fechar totalmente a cidade. Até ontem, 30.305 moradores tinham testado positivo para o novo coronavírus - aumento de quase 34% em relação a 5 de agosto, quando a retomada das atividades comerciais foi autorizada.

No mesmo período, 258 novas mortes em decorrência do coronavírus foram registradas, chegando a 873. “A guerra está no início, acho que nem no meio dela chegamos. Quem sair de casa para passear está prejudicando o comércio, os bares e restaurantes de BH”, frisou o chefe do Executivo.

Mesmo que se tenha registrado mais infectados, por outro lado a incidência de novos casos vem caindo, destaca o infectologista Carlos Starling: nos últimos 14 dias, a queda foi de 30%. O cenário permitiu aumentar o período das lojas abertas e restaurantes e bares ofertando almoço.

“A cada cinco pessoas que se internam por Covid-19, uma tem chance de morrer. A doença é muito grave. Apesar de estarmos abrindo o comércio de segunda a sexta, as pessoas têm que tomar cuidado. Não é hora de chutar o pau da barraca, fazer churrasco, festa. Vamos ter responsabilidade”Jackson Machado - Secretário municipal de Saúde

Houve uma flexibilização em maio, aumentou o número de casos, a epidemia acelerou, cresceu a ocupação dos leitos, recuamos. Agora, com a diminuição, haverá essa nova flexibilização (ampliação). Não há incoerência, há uma regra para que isso aconteça. Essa é a metodologia intermitente. Se os casos aumentarem novamente, voltamos a fechar”, explicou o médico, que integra o Comitê de Enfrentamento à Covid-19. 

Porém, os números ainda não permitem a volta de outras atividades, como as escolas. Conforme o infectologista Unaí Tupinambás, que também faz parte do grupo, as aulas só devem ser retomadas quando a metrópole registrar de um a cinco casos de Covid-19 por cem mil habitantes.

“Hoje a cidade está rodando em torno de 20 a 25 casos por cem mil habitantes, está muito alto em relação ao alvo que queremos atingir. A gente não sabe quando vai voltar, se será daqui a um, dois, três meses”, frisou.

Unaí Tupinambás destacou que para chegar à meta, a população será fundamental. “Não é hora de relaxar, é hora de continuar usando máscara, manter o distanciamento social”.

Além disso:

O primeiro dia de praças públicas abertas, ontem, foi de bastante movimento. Várias pessoas decidiram fazer atividades físicas ao ar livre e houve quem até jogasse futebol com os amigos. Porém, o secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, afirma que os cuidados devem ser redobrados. Aglomerações não devem ocorrer.

Em 29 de agosto, sete parques sob a tutela da prefeitura também serão reabertos. São eles: Mangabeiras e Mirante da Cidade (ambos no bairro Mangabeiras), Municipal (Centro), Ecológico (Pampulha), Lagoa do Nado (Itapoã), Jacques Cousteau (Estrela do Oriente) e Real (Paulo VI).

A expectativa é a de que a abertura seja de quinta-feira a domingo, das 8h às 17h. Porém, a capacidade de cada local, os dias e horários de funcionamento ainda serão divulgados, bem como os protocolos para visitação.

A entrada só deve ser permitida se a pessoa fizer agendamento on-line. As senhas serão limitadas. 

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