Estado diz que Hospital de Campanha pode abrir com 30% da capacidade, mas espaço segue fechado

Renata Evangelista
rsouza@hojeemdia.com.br
01/07/2020 às 12:33.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:55
Hospital de campanha para pacientes com Covid foi montado pelo governo de Minas no Expominas, mas não recebeu doentes (Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia)

Hospital de campanha para pacientes com Covid foi montado pelo governo de Minas no Expominas, mas não recebeu doentes (Lucas Prates/Arquivo Hoje em Dia)

Fechado desde abril, quando foi inaugurado para atender até 768 pacientes diagnosticados com a Covid-19, o Hospital de Campanha montado no Expominas, em Belo Horizonte, está apto para abrir imediatamente com 30% da capacidade, segundo informou o Governo de Minas. No entanto, ainda não há previsão de quando a unidade extra de fato começará a operar.

Nesta quarta-feira (1º), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou que 87,65% dos leitos de UTI e 72,71% de enfermaria estão ocupados. Apesar dos altos índices, que no caso da UTI está próximo de atingir a lotação máxima, o governo informou que o Hospital de Campanha vai receber vítimas do novo coronavírus "assim que houver necessidade".

O  Estado avalia que ainda não é o momento de colocar a unidade para funcionar. Ao todo, o hospital oferece 768 vagas, divididas em três blocos: Amarelo, com 260 leitos de enfermagem e 28 de estabilização; Azul, com 220 vagas de enfermaria; e Verde, com outros 260 leitos. O local não tem estrutura para receber os casos mais graves da doença, que hoje é o principal gargalo do sistema público de saúde.

Desde que foi criado, o espaço tem sido alvo de polêmicas. A contratação da empresa que iria administrar a unidade foi objeto de ação do Ministério Público, que identificou indícios de irregularidades. Por isso, o Estado teve que recuar e lançar um novo edital para escolha da Organização Social (OS) para gerir o hospital. O processo que definirá quem fará a contração dos profissionais de saúde que vão atuar no local segue até o dia 16 de julho.

Mesmo assim, o Estado garantiu que tem mão-de-obra para fazer o hospital funcionar. "A abertura do hospital poderá ocorrer, independentemente do processo de seleção da Organização Social (OS), operando com até 30% de sua capacidade, utilizando todos os recursos próprios do Governo do Estado", garantiu o governo.

Em nota, o governo admitiu que todas as vagas do Hospital de Campanha só poderão ser abertas depois do processo de seleção da empresa que vai gerir o espaço. O prazo estipulado pelo governo vence no próximo dia 16. "A partir disso, o Hospital de Campanha já poderá operar com 100%", disse.

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