Estado não descarta contratar leitos de UTI em hospitais particulares em caso de necessidade

Anderson Rocha
@rochaandis
14/07/2020 às 14:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:01
 (Reprodução/ Facebook)

(Reprodução/ Facebook)

Diante da dificuldade de admissão de profissionais da saúde em Minas, situação que foi considerada pelo Estado o principal desafio no combate à Covid-19, o governo de Minas informou, nesta terça-feira (14), que não descarta a possibilidade de contratação de leitos de UTI de hospitais particulares para uso de pacientes da rede pública. 

De acordo com o secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, a habilitação foi prevista em deliberação da Comissão Intergestores Bipartite do SUS, publicada no início do mês. Para que a contratação ocorra, o Estado equiparou o pagamento da diária ao que é custeado pelo Ministério da Saúde, R$ 1.600. 

"É um esforço feito pelo Executivo Estadual para garantir a prestação dos serviços de saúde à população e qualificar a relação com os prestadores, contribuindo para que haja uma ampliação da oferta de leitos em todo o Estado", informou o governo.

Nesta terça-feira, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Minas tem 60.72% dos leitos clínicos ocupados e 71.45% das vagas de UTI em uso.

Hospital de Campanha

O governo voltou a lembrar que o Hospital de Campanha do Expominas, na Gameleira, região Oeste de Belo Horizonte, aberto nessa segunda-feira (13), foi pensado para funcionar como um centro médico de retaguarda. A entrada em funcionamento ocorrerá, segundo o Estado, quando houver demanda.

"Nesse momento, não há demanda para o Hospital de Campanha. O planejamento era esse desde o começo. Ele está sendo preparado, única e exclusivamente, para ficar como um reserva técnica, como uma complementação para o sistema de saúde", declarou o secretário de adjunto de saúde, Marcelo Cabral. 

O local tem 30 leitos - dos quais 20 são de enfermaria e 10 para estabilização. Conforme a SES-MG, as vagas estão equipadas com a estrutura necessária para o atendimento. O espaço não é próprio para atender casos graves da Covid-19.

Inaugurado em abril, o Hospital de Campanha tem capacidade de oferecer 768 vagas, divididas em três blocos: Amarelo, com 260 leitos de enfermagem e 28 de estabilização; Azul, com 220 vagas de enfermagem; e Verde, com outros 260 leitos.

De acordo com a SES-MG, o local será ocupado em caso de lotação das enfermarias dos hospitais convencionais da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para tanto, esses locais precisam solicitar ao Hospital de Campanha vagas de clínica médica para finalização dos tratamentos, o que não aconteceu até o momento.

"Para tanto, os hospitais e unidades de saúde da Rede Fhemig (Júlia Kubitschek e Eduardo de Menezes), referências no enfrentamento à covid-19, devem formalizar solicitações de transferência à SES-MG, o que até o momento não foi necessário", informou, em nota.

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