(Reprodução / Google Street View )
A Igreja de Santa Teresa e Santa Teresinha, na Praça Duque de Caxias, foi tombada como patrimônio cultural, integrando ao Conjunto Urbano Bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte.
A medida é do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município (CDPCM), definida em 18 de agosto e publicada nesta quarta-feira (25) no Diário Oficial do Município.
O dossiê justifica o tombamento pelos significados sociais do bem, tanto no campo intelectual - pela arquitetura e estilo, quanto pela identidade coletiva, memória e sentido de pertencimento. O documento ainda aponta que a Igreja é um ícone identitário do bairro e ressalta a pluralidade pela integração de um local religioso com o contexto boêmio e comercial da região, que “amplia e fortalece a dinâmica cultural local”.
O bairro Santa Tereza foi tombado pelo CDPCM em 2015, com restrições para evitar a verticalização e novas metas para construções e preservação do patrimônio.
Política de proteção
O movimento pela criação de uma política de proteção dos bens culturais na capital foi desencadeado pela demolição do Cine Metrópole, em 1983. O cinema ficava localizado no Centro, na esquina das ruas Bahia e Goiás. A lei de criação do Conselho Deliberativo foi aprovada no ano seguinte, mas o órgão só foi instituído como responsável pelo patrimônio cultural em 1993.
A proteção do patrimônio cultural de BH atua no Inventário de Conjuntos Urbanos, que compreende certas áreas como espaços significativos para a história, cultura, memória e identidade social.
Quando um bem é tombado, suas características essenciais são protegidas e preservadas por lei. O dossiê de tombamento da Igreja de Santa Teresa e Santa Teresinha apresentou uma série de medidas que irão cooperar com a manutenção do patrimônio, como a “conservação, restauração e preservação dos revestimentos originais, elementos decorativos e bens integrados; elaboração de inventário dos bens móveis; supressão e adequação de revestimentos, arandelas, caixas de som, ventiladores, telhados secundários; valorização de jardins e gradis; integração física com a Praça Duque de Caxias”, dentre outras.
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