Quase 60% do lixo recolhido após chuvas vem da região Oeste de BH

Anderson Rocha
@rochaandis | arocha@hojeemdia.com.br
05/02/2020 às 13:09.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:32
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)

(Lucas Prates/Hoje em Dia)

Quase 60% de todo o lixo recolhido em decorrência das chuvas do último mês em Belo Horizonte veio da região Oeste, área composta por bairros como Prado e Buritis. Além disso, dos mais de 200 trechos de vias limpos, 38 estavam localizados nesta regional, onde estão avenidas como Teresa Cristina e Silva Lobo.

As informações foram divulgadas pela Prefeitura de BH. Segundo os dados da força-tarefa, foram retirados quase 11 mil toneladas de resíduos em toda a cidade, em ações de limpeza de bocas-de-lobo, recolhimento de entulhos e galhos de podas e supressões de árvores. Do total, 6,5 mil toneladas vieram da região Oeste.

Segundo a prefeitura, a regional foi uma das mais atingidas pelas águas do janeiro mais chuvoso da história da capital, juntamente com a Centro-Sul. Composta por cerca de 308 mil moradores, a região Oeste viu avenidas como Mário Werneck e Úrsula Paulino serem danificadas pela força das águas.

Por essa razão, equipes da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) se concentraram em locais como a avenida Teresa Cristina, local onde houve a recuperação e tamponamento da cratera – de cerca de 16 metros de comprimento por cinco metros de profundidade – que se abriu na via pela força das águas. Três dias depois da chuva que causou os estragos, a via foi reaberta.

Na avenida Silva Lobo, entre a Teresa Cristina e a Barão Homem de Melo, uma grelha de canal, que corría risco de erosão, foi recuperada, juntamente com outras contenções realizadas na pista. A Sudecap também atuou com hidrojatos para a limpeza geral e desobstrução de bueiros da avenida Mário Werneck.

Outro ponto trabalhado na região Oeste, segundo a PBH, focou-se na ocorrência de riscos geológicos nas encostas. De acordo com a administração pública, um total de 18 encostas foram vistoriadas e o risco de novos deslizamentos mitigado com a colocação emergencial de sacarias e lonas.

Assistência social

Além do trabalho de limpeza, as equipes sociais, compostas por servidores da Coordenadoria de Atendimento Regional, da Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, da Secretaria Municipal de Saúde, da Urbel e da Defesa Civil, cadastraram 293 famílias da região Oeste, totalizando mais de 1 mil pessoas.

Com os cadastros, foi possível entregar 56 kits de ajuda humanitária compostos por colchões, cobertores e lençóis para as famílias que precisaram sair de suas residências e buscaram acolhimento em casas de amigos e parentes. Além disso, outras 85 pessoas foram encaminhadas para pousadas preparadas pela prefeitura. Por fim, houve entrega de mais de 200 cestas básicas e 600 marmitex.

Trabalho continua

Ainda segundo a prefeitura, a força-tarefa empenhadas durante o período chuvoso em janeiro continuam neste mês. O trabalho é focado na prevenção e no atendimento a emergências, com o objetivo de combater e minimizar o impacto causado pelos fortes temporais na região.

A área é considerada um dos 11 pontos estratégicos determinados pela prefeitura e, por isso, recebeu equipamentos para atuação emergencial, como caminhões e retroescavadeiras além de equipes de limpeza e manutenção preventiva. Além disso, os três centros de saúde da regional funcionam em um regime de 12 horas, fornecendo serviços como vacina, curativos, atendimento ambulatorial e psiquiátrico.

Por fim, a BHTrans atua na força-tarefa, com a disponibilidade de veículos para transporte destas pessoas. Outra ação é a manutenção, nos fins de semana, do funcionamento do Conselho Tutelar e do Restaurante Popular, além de setores de cadastramento de famílias atingidas.

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