'Réveillon pode ser mais perigoso que o Carnaval na transmissão da Covid', afirma Baccheretti

Lucas Sanches
@sanches_07
28/12/2021 às 08:54.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:38
 (Valéria Marques/ Hoje em Dia)

(Valéria Marques/ Hoje em Dia)

O Réveillon em Belo Horizonte deve ser mais perigoso que o Carnaval no que diz respeito à transmissão da Covid-19. Em entrevista à Rádio Itatiaia, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti afirmou que o avanço da variante Ômicron deve ser decisivo para novas infecções na virada do ano.

"O Réveillon é muito mais perigoso que o Carnaval, porque a virada está aqui, já nesta semana. A Ômicron está crescendo agora e boa parte da população não está reforçada com vacina", explicou o secretário. Segundo ele, é questão tempo para que a nova variante seja dominante no Estado. "Ela é mais rápida na transmissão e muito mais infectante do que a Delta", detalhou.  

Baccheretti ainda comparou o número de infecções neste fim de ano, em comparação com casos que possam ser registrados após o Carnaval. Para ele, a principal diferença está no comportamento da variante Ômicron.

"No Carnaval, nós estaremos em uma condição vacinal muito melhor do que hoje. Crianças de 5 a 11 anos já deverão ter começado a vacinação, o reforço estará aplicado a quase todos os adultos e, até lá, vamos também avaliar a Ômicron. Caso ela se comporte bem no Estado, não gere nenhum tipo de transtorno, o Carnaval é possível, obviamente respeitando os protocolos", disse. 

Mesmo com a possibilidade de efeitos mais leves para a folia em 2022, o chefe da pasta reforçou a posição contrária às aglomerações em ambas as festividades. "Grandes aglomerações não serão incentivadas em nenhum momento por nós, porque geram maior risco de transmissão", alertou. 

Atualmente, segundo Baccheretti, mais de 70% da população mineira receberam duas doses da vacina, e com a chegada de mais uma variante, ele destaca a importância do reforço. "O número de casos confirmados devido às festas de Réveillon deve aumentar, mas já era algo esperado pelo Estado. Porém, o que temos hoje é muita gente vacinada, e essa imunização vai fazer a diferença para não pressionar o sistema de saúde".

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