Trinta supostas vítimas de cerveja contaminada vão passar por perícia esta semana

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
15/06/2020 às 12:40.
Atualizado em 27/10/2021 às 03:46
 (Wesley Rodrigues/Arquivo Hoje em Dia)

(Wesley Rodrigues/Arquivo Hoje em Dia)

Mais 30 possíveis vítimas de contaminação pelas substâncias tóxicas mono e dietilenoglicol, encontradas pela Polícia Civil  em cervejas da Backer, podem ser inseridas na investigação após passarem por perícias médicas que começam nesta semana.

De acordo com a polícia, essas pessoas não estão no inquérito apresentado na semana passada, quando foram listadas 29 vítimas, além de sete mortos.

"As vítimas não haviam sido incluídas na lista do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (CIEVS - Minas) e, por isso, não ingressaram no inquérito policial que investigou a contaminação causadora da síndrome nefroneural", informou a polícia em nota.

Conforme a corporação, essas pessoas que tiveram sintomas após consumir a cerveja serão incluídas em procedimento preliminar e encaminhadas ao Instituto Médico Legal André Roquette, onde passarão por perícias. 

Inquérito

Após cinco meses de investigação, no dia 9 de junho, a Polícia Civil informou que indiciou 11 pessoas - entre donos e funcionários da cervejaria - por contaminação de cervejas da Backer. Trinta pessoas foram intoxicadas e sete morreram. 

De acordo com o inquérito, o problema aconteceu dentro da empresa mineira. Por isso, os delegados responsáveis pelas investigações responsabilizaram funcionários da cervejaria pelos crimes de homicídio culposo - quando não há a intenção de matar -, lesão corporal culposa, intoxicação dolosa, omissão e falso testemunho. 

O inquérito será remetido para o Ministério Público, que irá analisar o documento e, posteriormente, remeter à Justiça.

Um dia após o indiciamento, a Backer contestou parcialmente o resultado da investigação. De acordo com a empresa, a culpa criminal deveria ter sido expandida aos fornecedores da cervejaria.

Segundo a Backer, a responsabilização pela intoxicação deveria se estender devido a duas situações pontuais que aconteceram para o vazamento do dietilenoglicol: a primeira é que uma fornecedora de São Paulo teria vendido para a cervejaria monoetilenoglicol, mas repassou, na verdade, dietilenoglicol; a segunda é que o vazamento só teria acontecido porque houve um defeito na fabricação de um tanque, comprado em setembro do ano passado.

Sobre as 30 possíveis novas vítimas, a reportagem entrou em contato com a cervejaria e aguarda posicionamento.

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