Veja o que já se sabe sobre a variante Delta, que teve dois casos confirmados em BH

Marina Proton
mproton@hojeemdia.com.br
27/07/2021 às 11:46.
Atualizado em 05/12/2021 às 05:31

A variante Delta do coronavírus - já confirmada em Juiz de Fora e agora detectada pela primeira vez  em Belo Horizonte - causa preocupação. A cepa é apontada como responsável por aumento de casos da Covid em vários países, como a Índia, onde houve o primeiro registro. No Brasil, já são nove os estados, além do Distrito Federal, com notificações.

Em maio, a variante foi classificada como uma das quatro consideradas de maior atenção no mundo. Mais transmissível, a linhagem foi detectada em outubro de 2020, mas se tornou predominante a partir deste ano no país asiático. No Brasil, o primeiro caso ocorreu em maio, em tripulantes de um navio ancorado na costa de São Luís, no Maranhão.

Segundo balanço divulgado na sexta-feira (23) pelo Ministério da Saúde, a cepa já foi identificada em 169 pessoas. Deste total, 13 pacientes tiveram quadro grave e morreram em decorrência da Covid-19. Confira o que você precisa saber sobre a nova variante:

O que é a variante Delta?

Antes conhecida como “cepa indiana”, a linhagem B.1.617.2 do vírus foi detectada inicialmente no país asiático, em 2020, sendo apontada como responsável por uma onda de casos e mortes por lá. Além da Índia, a cepa já está em circulação em diversos países, causando preocupação, inclusive, naqueles que já estavam com a pandemia controlada.

Segundo informou o membro do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 em BH, Estevão Urbano, a cepa é considerada mais transmissível e tem potencial para causar explosão de casos. Por isso, a detecção em BH preocupa.

“Preocupa e preocupa muito. Ela é uma cepa que aparentemente é mais transmissível, não se sabe exatamente se é mais agressiva. Então, tem potencial para causar explosão dos casos em qualquer local que ela entre e não é diferente no Brasil e especialmente em Minas e Belo Horizonte”, disse.

Onde?

No Brasil, ao menos 88 casos foram mapeados no Rio de Janeiro. O Distrito Federal segue na sequência, com 30 casos. Em seguida vêm São Paulo, com 15, Paraná com 13, Maranhão com sete, Santa Catarina com cinco, Goiás com quatro, Rio Grande do Sul e Pernambuco com três cada e Minas Gerais, agora com três – o primeiro deles foi confirmado em maio, em um morador de Juiz de Fora, na Zona da Mata, que foi diagnosticado após voltar de uma viagem à Índia.

Em Belo Horizonte, dois casos foram detectados nessa segunda-feira (26), após análises feitas em amostras de duas pessoas que retornaram do Reino Unido e estavam contaminadas pelo coronavírus. 

As vacinas atuais protegem contra a variante?

Estudos recentes identificaram que vacinas disponíveis e aplicadas no Brasil são eficazes contra a variante. Ao menos após a aplicação de duas doses. De acordo com o secretário de Estado de Saúde de Minas, três das quatro vacinas administradas no país se mostraram eficientes contra a cepa: AstraZeneca, Janssen e Pfizer. A CoronaVac ainda está em fase de estudos.

Quais são os principais sintomas?

Os principais sintomas são parecidos com os de um resfriado - assim como as outras variantes -, sendo dor de garganta, febre, mal-estar, perda de apetite e tosse.

“Só que a variante delta costuma dar, mais do que outras, sintomas de resfriado. Muita coriza, sintomas parecidos com a sinusite. Diferencia um pouco porque ela dá mais isso. Mas são parecidos os sintomas. E ambas, todas as variantes, nos quadros graves, levam a insuficiência respiratória”, informou o infectologista Estevão Urbano.

Como se proteger?

Além de garantir a vacinação tão logo seja possível, é preciso manter as medidas de proteção já conhecidas como forma de tentar frear a circulação da variante. Sendo necessário manter o distanciamento, utilizar máscara de proteção e realizar a higienização constante das mãos.

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