
O roubo de café tem chamado a atenção das autoridades em Minas Gerais. Com a alta do preço dos grãos, criminosos têm se organizado para furtar e roubar grandes quantidades do produto,
Nesta terça-feira (29), a Polícia Civil e Minas Gerais (PCMG).divulgou detalhes sobre a prisão de três suspeitos de envolvimento no roubo de 120 toneladas de café em uma fazenda localizada em Várzea da Palma, no Norte de Minas. O crime ocorreu no dia 22 de julho. De acordo com a PCMG, a carga está avaliada em cerca de R$ 4 milhões. Do total, 50 toneladas foram recuperadas.
O grupo criminoso usou fuzis, drones e rádios comunicadores para invadir a propriedade rural e fez oito funcionários reféns. Ainda conforme as investigações, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 1,3 milhão em contas bancárias ligadas aos suspeitos.
Em outra caso recente, no dia 25 de julho, quatro pessoas foram presas em flagrante em Varginha, no Sul de Minas, por furto e receptação de café. Durante a operação, 4,4 toneladas do grão sem nota fiscal foram apreendidas. A ação faz parte de um inquérito que apura crimes contra empresários do setor cafeeiro da região.
Durante as apurações, os investigadores passaram a monitorar funcionários de uma empresa suspeita de desviar amostras do produto. Dois homens foram flagrados colocando uma saca de aproximadamente 60 quilos no porta-malas de um veículo.
Já em 1º de julho, duas carretas, duas caminhonetes e diversos insumos agrícolas foram apreendidos nos municípios de Rio Paranaíba e Campos Altos, no Alto Paranaíba. A ação investiga o roubo de sacas de café no interior do estado. Na ocasião, quatro mandados de prisão foram cumpridos em cidades do Alto Paranaíba, da região Centro-Oeste e do interior de São Paulo.
Segundo a Polícia Civil, operações como essas têm sido fundamentais para a conclusão dos inquéritos e fazem parte do projeto Campo Seguro, que visa reforçar o combate à criminalidade no meio rural.
“A PCMG está com o projeto denominado Campo Seguro, e estamos intensificando o combate às ações de criminosos que têm praticado crimes no meio rural. Temos realizado diversas operações, inclusive no interior do estado, especialmente nas regiões do Triângulo e do Sul de Minas”.
De acordo com o delegado João Victor Leite, o alto valor de mercado do café é um dos principais atrativos para os criminosos.
“O café hoje possui um alto valor agregado em razão do valor expressivo de mercado, disse o delegado.”
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