Depois de cinco dias de tensão e medo devido a uma briga de traficantes, moradores do Primeiro de Maio, na região Norte de Belo Horizonte, começam a retomar a rotina neste sábado (3).
O comércio funcionou normalmente e a comunidade, que deixou ruas e comércio vazios nos últimos dias, voltou a circular pelo bairro. Segundo uma comerciante que pediu para não ser identificada, "está bem tranquilo. Ontem teve muito helicóptero passando pra cima e pra baixo".
Mesmo assim, o policiamento ostensivo vai ser mantido na comunidade durante todo o fim de semana, segundo o tenente Wilson Soares, do Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco (Gepar).
A Polícia volta a pedir que as denúncias podem ser feitas pelo telefone 190 ou pelo disque-denúncia 181.
Entenda o caso
A situação na comunidade ficou tensa na última terça-feira (30) depois que traficantes ocuparam as ruas armados e encapuzados para vingar a morte de um jovem que pertenceria à quadrilha deles. Segundo os moradores, houve troca de tiros e os criminosos impuseram um toque de recolher no comércio.
Na quinta-feira (1º), dois suspeitos armados foram presos pela PM em uma casa no Primeiro de Maio. Em referência à briga de gangues rivais pelo controle do tráfico de drogas no bairro, o sargento Lisboa afirmou que "xerife de favela é a Polícia".
As aulas nas escolas estaduais e municipais foram suspensas. Cerca de 1,8 mil crianças tiveram que ficar em casa. Sem ter com quem deixar os filhos, muitos pais reclamaram que não puderam sair para trabalhar.
O Hoje em Dia teve acesso a conversas de moradores no aplicativo WhatsApp, nas quais se mostram assustados com a presença de traficantes nas ruas. Várias pessoas pedem para que os moradores fiquem em casa como medida de segurança. Um homem que trabalha na comunidade chega a dizer que "não sabe como vai fazer para ir para casa".
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