PANDEMIA

Após secretário afirmar que Minas teria novo pico da Covid, casos seguem tendência de queda

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
11/07/2022 às 07:00.
Atualizado em 11/07/2022 às 12:12
 (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

(Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

ATUALIZAÇÃO - Essa reportagem foi atualizada em 11/7 às 11h59 após retorno da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG)  

O secretario estadual de Saúde Fabio Baccheretti informou em 30 de junho que Minas deveria registrar novo pico de casos da Covid-19 nas duas primeiras semanas de julho. No entanto, os dados foram revisados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) na última sexta-feira (8). Os números estão estabilizados, com tendência de queda, segundo a pasta.

De toda forma, só neste mês, 70 mil pessoas foram infectadas pelo vírus. Médicos alertam para o risco de pacientes apresentarem sintomas graves, provocando aumento da ocupação das UTIs, como ocorreu semana passada em Belo Horizonte.

Além do avanço do coronavírus, a sobrecarga no sistema de saúde nos próximos dias é agravada por fatores sazonais, que aumentam a procura de socorro para outras síndromes respiratórias.

O infectologista e membro do Comitê Popular de Enfrentamento à Covid-19 em BH, Unaí Tupinambás, lembra as que as hospitalizações são reflexo dos contágios de sete a dez dias antes. “Com isso, pode ser que tenhamos um aumento ainda maior da ocupação de leitos por pessoas que se infectaram semana passada. O apelo que fazemos à população é redobrar os cuidados”. 

Segundo o médico, a alta dos casos está diretamente ligada à circulação já comprovada das subvariantes da Ômicron, BA.4 e BA.5. “Há um indicativo de escape vacinal, considerando que os imunizantes hoje aprovados para uso foram desenvolvidos quando ainda estavam em circulação as primeiras cepas do Sars-Cov-2. Sem contar as pessoas que não completaram o esquema vacinal ou nem mesmo tomaram a primeira dose”, pontua.

Estudos alertam que as sublinhagens do coronavírus estão em elevação desde início  de junho, quando ultrapassaram a BA.2 – variante que predominava. A situação em Minas acompanha a tendência nacional. O país registra a maior média móvel de novos diagnósticos por dia desde fevereiro. As taxas são preocupantes, reforça Tupinambás.

“O índice de morte diário, por exemplo, está em torno de 250, ainda muito alto, sobretudo se compararmos com a H1N1, que registrava 20 óbitos por dia”, avalia.

O infectologista ressalta que a pandemia não acabou e que, principalmente nos próximos dias, a população deve manter os cuidados e reforçar a imunização. De acordo com ele, esse não é momento de  regredir no isolamento social. “Mas, sim, de usar máscara, higienizar as mãos, fazer teste caso tenha sintoma e reforçar a vacinação”. 

A SES reforça que segue com “os devidos e constantes monitoramentos” dos indicadores da Covid-19.

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