Avanço da Covid-19 e novas variantes fazem óbitos de pacientes de 20 a 29 anos crescer 176% em Minas

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
13/04/2021 às 21:30.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:41
 (Rovena Rosa / Agência Brasil)

(Rovena Rosa / Agência Brasil)

Em pouco mais de quatro meses, o total de mortes de jovens adultos por complicações da Covid-19 mais que dobrou em Minas. O salto nos óbitos de pessoas de 20 a 29 anos foi de 176% em 2021, na comparação com o ano passado. Os dados são da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).

Até 30 de dezembro de 2020, a SES anotava 81 vidas perdidas nesta faixa etária. Com o avanço da pandemia e a circulação de novas cepas – potencialmente mais agressivas e contagiosas –, já são 224 mortes nessa parcela da população, desde o início da pandemia.

Segundo o infectologista Estevão Urbano, membro do comitê da PBH, as variantes têm causado doenças mais graves mesmo em indivíduos que não apresentam problemas de saúde. “Isso tem sido notado nessa segunda fase da pandemia, um adoecimento muito mais grave, quando comparado à primeira, em pessoas mais jovens”, afirmou o médico.

De acordo com informação divulgada na semana passada pela Secretaria de Saúde, 13 cepas foram identificadas em Minas. Conforme o órgão, duas delas são consideradas “de atenção”: a B.1.1.7, encontrada primeiro no Reino Unido, e a P.1., com origem em Manaus. 

O crescimento alarmante da mortalidade por Covid-19 também foi registrado nas faixas etárias acima dos 29 anos. Nos adultos de 30 a 39, por exemplo, o aumento foi de 186,7% em 2021. Atualmente, 800 óbitos nessas idades foram confirmados em Minas – até dezembro passado eram 279.

Flexibilização em BH?
BH decide hoje se irá reabrir o comércio. O prefeito Alexandre Kalil e o comitê da prefeitura se reúnem para discutir a possibilidade de autorizar o funcionamento das atividades consideradas não essenciais. .

Já há quem seja contra a nova flexibilização. Para o médico Unaí Tupinambás, também membro do grupo de infectologistas, a capital mineira e o país ainda vivem o pior momento da pandemia. Por isso, o especialista acredita que mudanças na cidade não deveriam ocorrer pelo menos por mais uma semana.

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