
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (7), em Congonhas, na região Central do Estado, um casal suspeito no envolvimento na morte de uma mulher e um bebê de um ano de oito meses em janeiro deste ano. O corpo da criança foi encontrado às margens de uma rodovia no bairro Olhos D’Água, na região Oeste, em Belo Horizonte. A mãe da criança está desaparecida.
O homem, de 41 anos, e a mulher dele, de 38, serão indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, com impossibilidade de defesa da vítima e feminicídio, além dos crimes de sequestro e fraude processual. “A busca por ela [mãe], viva ou morta, será conduzida pela Delegacia de Referência da Pessoa Desaparecida. Os trabalhos continuam”, explicou o delegado Frederico Abelha, ressalta, chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV).

Segundo as investigações, o suspeito mantinha um caso extraconjugal com a desaparecida. Uma possível gravidez dela pode ter motivado o crime, que contou com o auxílio da esposa.“São pessoas que não têm antecedentes criminais, têm trabalho fixo, têm uma vida estável financeiramente. São pessoas incólumes; impassíveis de qualquer suspeição na sociedade”, relata o delegado Alexandre Fonseca. Ele ainda acrescenta que a menina foi morta para encobrir indícios da participação do suspeito no desaparecimento da mulher.
Laudos da necropsia constataram que o bebê foi golpeado na cabeça e ainda conforme a polícia, as provas não deixam dúvidas sobre a autoria do crime. Entre essas evidências, está a análise de deslocamento do suspeito no dia do delito. "Ele seguiu de Congonhas até Belo Horizonte, por uma pista alternativa, em direção ao local onde a vítima foi encontrada. Tal fato ocorreu no interstício de tempo referente ao horário de morte da criança, constatado pela perícia. Os carros do casal foram submetidos a exames periciais, sendo encontrados vestígios de sangue em ambos".
Ainda conforme a PC, junto ao corpo da menina foi encontrado um bilhete simulando o envolvimento da mãe no abandono e morte da filha. Mas um exame grafotécnico constatou que a letra era do suspeito preso.