
Os cemitérios públicos de Belo Horizonte trabalham em regime de alerta para evitar um colapso, caso aumentem as mortes por Covid-19 na capital. A informação é da própria Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZB), responsável pelo gerenciamento das necrópoles.
Medidas preventivas têm sido adotadas. Além da abertura de 1.900 covas, anunciada nessa terça-feira (28) pelo prefeito Alexandre Kalil (PSD), haverá ampliação no quadro de funcionários. Mais Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, também estão sendo adquiridos.
Ao todo, 36 coveiros trabalham nos cemitérios da metrópole. De acordo com a FPMZB, não é possível informar quantos profissionais devem ser contratados, já que o plano de contingência prevê a ampliação conforme a necessidade.
As novas vagas estão sendo criadas nas quatro necrópoles: da Paz, no bairro Caiçara, e do Bonfim, no bairro de mesmo nome (ambos na região Noroeste); da Consolação, no Jaqueline (Norte); e da Saudade, a região Leste de BH.
Atualmente, os cemitérios da cidade têm 311.214 vagas para sepultamento. Com a inclusão das novas covas, o número chegará a 313.114.

Uma das primeiras medidas de prevenção adotadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) nas necrópoles, após o início da pandemia, aconteceu em 30 de março, quando ficaram proibidos os velórios.
Duas semanas depois, as regras ficaram mais rígidas. A administração municipal definiu que apenas dez pessoas podem acompanhar o enterro de um parente ou conhecido na capital. Visitas aos espaços também foram vetadas.

Sepultamentos
De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, em março deste ano, quando os primeiros registros de Covid-19 foram registrados em BH, foram realizados 933 sepultamentos. São 141 registros a mais em comparação com o mesmo mês de 2019.
Em abril, o número apresentou queda. Foram 802 em 2019 e 730 até o último dia 28.
De acordo com a prefeitura, não é possível concluir que as mortes (aumento em março e diminuição em abril) tenham relação direta com os óbitos do novo coronavírus.
A doença em BH
De acordo com o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Belo Horizonte é a cidade com mais caos de Covid-19 em Minas. São 16 óbitos e 561 casos confirmados.