Passa-Quatro

Chefe de unidade do ICMBio é preso por tráfico de influência e corrupção em Minas

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
02/08/2022 às 09:53.
Atualizado em 02/08/2022 às 10:52
 (Divulgação / Polícia Federal)

(Divulgação / Polícia Federal)

Um servidor público federal foi preso na manhã desta terça-feira (2) suspeito de tráfico de influência e corrupção passiva, em Passa-Quatro, no Sul de Minas. O homem era chefe da Unidade de Conservação Federal do ICMBio, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, foi detido durante operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF).  

De acordo com informações da PF, foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Pouso Alegre, também no Sul de Minas, em endereços vinculados ao investigado. Três veículos foram apreendidos.

A Justiça Federal decretou ainda o afastamento dos sigilos bancários e fiscais do investigado e de uma pessoa ligada a ele, cuja conta foi utilizada para o recebimento da propina.

O investigado pode responder pelos crimes de corrupção passiva e tráfico de influência. Caso condenado, ele pode ficar preso de 4 a 17 anos.

Investigações

Segundo a Polícia Federal, as investigações começaram depois que a instituição recebeu informações repassadas por empresários, responsáveis por empreendimentos na cidade de Passa Quatro. As apurações mostraram que desde o início de 2022, o servidor público, na condição de Chefe de Unidade de Conservação Federal, teria informado a estes mesmos empresários que havia representações de irregularidades ambientais na construção de loteamentos.

Através disso, o servidor do ICMBio solicitava e recebia vantagens com a promessa de resolver as irregularidades e não dar andamento a novas "denúncias". 

Ainda conforme a polícia, o suspeito afirmava que precisava realizar vistorias no empreendimento para reportar ao órgão competente e citava um suposto inquérito que estaria tramitando na unidade do Ministério Público Federal em Pouso Alegre.

Conforme a PF, o homem ainda solicitou o pagamento de vantagem indevida para influir na decisão do procurador da República, que, supostamente, conduzia a investigação. 

No entanto, segundo a polícia, não havia nenhuma investigação sobre esses fatos no Ministério Público Federal.

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