doenças respiratórias

Chegada do outono alerta para a necessidade de reforço na vacinação

Luciane Amaral
lamaral@hojeemdia.com.br
21/03/2022 às 11:27.
Atualizado em 21/03/2022 às 11:30
 (Foto: Valéria Marques/ Hoje em Dia)

(Foto: Valéria Marques/ Hoje em Dia)

A mudança de estação, com a chegada do outono, traz um alerta sobre os casos de doenças respiratórias, principalmente durante a pandemia. Na [última sexta (18), a Prefeitura de Belo Horizonte divulgou novas regras que flexibilizam as normas de funcionamento em diversos setores da cidade, como a liberação de saunas, aumento do número de pessoas em velórios, venda presencial de ingressos para partidas de futebol e menos exigências para realização de eventos e shows. 

O epidemiologista e especialista em vacinas do Hermes Pardini, José Geraldo Leite Ribeiro, lembra que é importante manter os cuidados já incorporados durante a pandemia, como o uso de máscaras em ambientes fechados, especialmente se a pessoa estiver com sintomas gripais, para evitar os riscos de contaminação de gripe ou da Covid, que têm sintomas parecidos. Leite explica que a testagem é ainda mais importante para fazer o diagnóstico diferencial.

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Vacinação

O início do outono traz uma novidade na vacinação contra a Covid-19 de crianças, que começará a ser realizada em centros de saúde, nas nove regionais da capital. Não haverá mais aplicações em escolas. A partir dessa segunda-feira (21), serão convocadas para receber a segunda dose da Pfizer Pediátrica as crianças de 11 anos, sem comorbidades, nascidas de julho a dezembro de 2010. A imunização será das 8h às 17h e os locais e endereços serão publicados, posteriormente, no portal da Prefeitura. 

De acordo com o médico José Geraldo Leite Ribeiro, 2022 será o ano mais importante para a vacinação da gripe no país. “A cepa Darwin se mostrou muito agressiva e as vacinas que chegam neste ano protegem contra essa cepa. Sem contar que ainda estamos no meio de uma pandemia. A sobrecarga de casos de influenza pode, mais uma vez, comprometer nosso sistema de saúde”, completa o especialista. 

Em 2022, continua o médico, os imunizantes contra a gripe, tanto da rede pública (trivalente) quanto da rede privada (tetravalente), terão a cepa Darwin (H3N2), a mesma que provocou o surto de influenza no país no fim de 2021 e no início deste ano, causando uma sobrecarga no atendimento médico já impactado pela pandemia. 

José Geraldo alerta que menores de 12 anos precisam aguardar 15 dias após terem tomado a vacina da Covid, para receber a vacina da Gripe. Para os maiores de 12 anos, a imunização contra a gripe pode ser no mesmo dia da vacina de Covid ou em qualquer intervalo.

É importante lembrar que quem se vacinou em 2021, seja no início ou no fim do ano, deve se imunizar novamente contra a gripe, porque os imunizantes são atualizados todos os anos, de acordo com as mutações do vírus influenza, a exemplo do H3N2 Darwin. Além dela, a vacina da rede privada contempla outra cepa da influenza A, a H1N1, e mais duas cepas da Influenza B (Áustria e Phuket). Já a vacina disponível nos postos de saúde, a trivalente, inclui a H1N1 e apenas uma das cepas B.

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