No período de uma semana, alunos de duas unidades do Colégio Tiradentes, em Belo Horizontes, sentiram efeitos de gás lacrimogêneo usados pela Polícia Militar (PM). O caso com maior repercussão ocorreu nesta terça-feira (9), quando cerca de 30 estudantes foram levados a unidades de saúde.
Contudo, o primeiro incidente foi registrado na última quarta-feira (3), na unidade Argentino Madeiro, localizada no Santa Efigênia, região Leste de Belo Horizonte. Uma das alunas da instituição conversou com a reportagem e relatou que, no caso, os efeitos foram mais brandos do que o registrado nesta terça.
"Na minha escola ninguém precisou ser socorrido. Começou o cheiro forte e evacuaram a escola", contou a aluna, que, por questão de segurança, não terá a identidade revelada.
Ela também afirmou que os pais receberam uma mensagem do Colégio Tiradentes dizendo que treinamentos envolvendo gás lacrimogêneo não seriam mais realizados em horários de aulas.
Segundo a major Layla Brunella, porta-voz da PM, nos dois casos, foram instaurados inquéritos técnicos e policiais para apurar necessidades de eventuais mudanças nos protocolos.
Até a conclusão dos inquéritos, atividades envolvendo gases lacrimogêneas estão suspensas.
Nos dois casos, apesar do susto, não houve consequências físicas sérias às crianças de acordo com a Polícia. "Foram sensações passageiras e sem gravidade", disse Layla.
A major detalhou que "inquietação, dificuldade para respirar, ardência na garganta e no nariz e ânsia de vômito" foram sensações experimentadas pelos alunos.
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