Parada cardiorrespiratória

Defesa de médico diz que paciente tinha boas condições de saúde e que morte foi "fatalidade"

Pedro Faria
pfaria@hojeemdia.com.br
25/04/2023 às 13:13.
Atualizado em 25/04/2023 às 13:57
 (Reprodução)

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A defesa do médico que operou a mulher de 38 anos que faleceu após uma lipoescultura na madrugada desta terça-feira (25), realizada no Instituto Mineiro de Obesidade, no bairro Lourdes, região Centro-Sul de Belo Horizonte, garante que a paciente “possuía boas condições de saúde e foi informada dos riscos do procedimento”.

Em nota enviada ao Hoje em Dia, o advogado Renato de Assis Pinheiro confirma que a cirurgia foi feita após todos o pré-operatório ser aprovado. “Foram realizados todos os exames necessários para comprovação de sua indicação para a lipoescultura, não havendo qualquer fator que agravasse seu risco ou contra indicasse a realização da cirurgia. O procedimento durou cerca de 4 horas e transcorreu sem qualquer intercorrência”, informa.

Ainda de acordo com a nota, a vítima acordou da sedação, sem reclamar qualquer tipo de dor e que 12 horas após, começou a apresentar instabilidade. Teve uma parada cardiorrespiratória e faleceu.

O advogado ainda pontua que o médico responsável pela cirurgia está “devidamente filiado ao CRM-MG e membro da SBCP-MG", além de possuir "todas as especializações necessárias para a realização da cirurgia”.

“Trata-se de uma lamentável fatalidade, que embora nunca seja esperada ou desejada, é prevista pela literatura médica como risco inerente da cirurgia à qual se submeteu a paciente, não havendo qualquer indicativo de culpa do cirurgião que atuou no caso, ou do hospital onde a cirurgia foi realizada”, finaliza a nota.

Relembre o caso
A paciente teve complicações após procedimento de abdominoplastia realizado na segunda (25). Ela faleceu no local, durante a madrugada. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) da capital.

Em nota, o hospital lamentou o falecimento da paciente e ressaltou que está colaborando integralmente com as autoridades competentes para que o caso seja totalmente esclarecido e que todas as informações necessárias estão sendo fornecidas às autoridades responsáveis.

Este é o segundo caso envolvendo a mesma clínica. A servidora pública Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira morreu no dia 7 de dezembro de 2021 após sofrer uma parada cardiorrespiratória depois de passar por uma cirurgia estética no IMO. A vítima chegou a ser sepultada, mas o corpo foi exumado dias depois. A Polícia Civil iniciou investigações e concluiu que o cirurgião plástico retirou um percentual de gordura superior ao determinado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Diante do fato, o cirurgião plástico responsável pelo procedimento foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio culposo - quando não há a intenção de matar. Apesar disso, o profissional não teve o seu registro no CRM cassado. 

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