São Francisco

Detento suspeito de matar policial penal é transferido para penitenciária no Norte de Minas

Detento estava em uma unidade prisional de Ribeirão das Neves e agora cumpre pena na penitenciária de Francisco Sá

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 05/08/2025 às 07:42.Atualizado em 05/08/2025 às 12:15.
Detento, após o crime, vestiu a farda do policial penal para sair do hospital (Reprodução/Vídeo)
Detento, após o crime, vestiu a farda do policial penal para sair do hospital (Reprodução/Vídeo)

O detento de 24 anos, suspeito de matar o policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, foi transferido para a Penitenciária de Francisco Sá, na região Norte de Minas Gerais. A transferência foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (5).

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o preso já estava em outra unidade prisional desde o último domingo (3), vindo do Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O policial penal foi assassinado a tiros na madrugada de domingo (3), enquanto escoltava o detento em um hospital no bairro Luxemburgo, na região Centro-Sul capital mineira. Conforme a Polícia Civil, o detento pediu para ir ao banheiro, entrou em luta corporal com o agente, tomou a arma do policial e atirou contra ele.

Após cometer o crime, vestiu a farda da vítima e tentou fugir usando um carro de aplicativo. Ele foi recapturado nas proximidades do hospital, ainda com as armas e munições do policial.

Relembre o caso 

O policial penal Euler Oliveira Pereira Rocha, de 42 anos, foi morto a tiros por um detento dentro do Hospital Luxemburgo, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, durante uma tentativa de fuga do criminoso, na madrugada de domingo (3). 

O detento, que estava internado e sob custódia, aproveitou um momento de distração do policial quando pediu para ir ao banheiro para iniciar uma luta corporal. Na confusão, ele tomou a arma do agente e efetuou dois disparos, matando-o no local. Em seguida, o assassino roubou o uniforme e os pertences da vítima, fugindo do hospital em um carro de aplicativo.

A Polícia Militar, acionada logo após o crime, iniciou uma perseguição e conseguiu capturar o criminoso em flagrante. Ele foi detido com o uniforme do policial, as armas roubadas e outros pertences da vítima, pondo fim à sua fuga. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

O que diz o Hospital Luxemburgo

O Hospital Luxemburgo lamentou o caso, se solidarizou com a família da vítima, reforçou que a responsabilidade pelo escolta é do Estado e disse que acionou o protocolo de emergência, prestando imediato atendimento logo após o ocorrido. Veja a íntegra da nota da unidade de saúde:

"O Hospital Luxemburgo informa que, na madrugada do dia 03 de agosto de 2025, foi registrado um lamentável incidente nas dependências da unidade envolvendo um paciente sob custódia e um agente público de segurança.

O paciente em questão foi internado para tratamento médico pelo Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhado pela Secretaria Municipal de Saúde. Como hospital credenciado ao SUS, o Hospital Luxemburgo tem o dever de receber e tratar todos os pacientes encaminhados via regulação, inclusive aqueles em situação de custódia. Nestes casos, a responsabilidade pelo controle e escolta é de competência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), por meio da Polícia Penal de Minas Gerais.

A instituição reforça que nenhum civil ingressou armado nas dependências do hospital e que seguimos, rigorosamente, todos os protocolos internos de segurança. A ocorrência teve início durante o turno de escolta de um agente de segurança pública que, de acordo com a nota divulgada pela SEJUSP, foi vítima de disparos efetuados com a própria arma de fogo, subtraída pelo paciente no interior do quarto onde se encontrava internado.

Tão logo a situação foi identificada, a equipe assistencial acionou o protocolo de emergência com Código Azul, prestando imediato atendimento e todos os esforços de reanimação à vítima. Paralelamente, as forças de segurança foram acionadas, e a instituição colaborou integralmente com os órgãos competentes. Desde o ocorrido, a equipe multiprofissional da unidade está prestando acolhimento e suporte emocional aos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente na ocorrência.

O Hospital Luxemburgo lamenta profundamente o falecimento do agente penal e se solidariza com seus familiares, colegas e amigos. A unidade reforça que permanece colaborando com as autoridades competentes para contribuir com as investigações em curso."

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